Carnavalesco relembra histórico de escolas e blocos na retomada da festa em Lorena

Ronaldo Longanezi, que aos 83 anos faz parte dos preparativos do desfile da Unidos da Nova Lorena (Foto: Jessica Alves)

Da Redação
Lorena

Um Carnaval que busca firmar o passo do samba. Esta é a marca da festa em Lorena, cidade que ajudou a contar a história do “reinado de Momo” no Vale do Paraíba e que, após cancelamentos na última década, reviveu os bons momentos nos últimos.

Assim como outras cidades da região, Lorena teve seu carnaval de rua e de desfiles inflado pela aproximação com as capitais Rio de Janeiro e São Paulo e um passado de grupos de sucesso como blocos e escolas de samba. Em 2024, o município realiza sua segunda festa consecutiva, agora, com o retorno das disputas de agremiações, sem esquecer do passado.

No início da década de 1930, Alice de Almeida Lima, a Dona Alice, formou o primeiro bloco de Carnaval da cidade, o Bloco dos Lenhadores, que brincou a festa lorenense pela primeira vez em 1936. Em seguida vieram outros blocos como Os Orientais; Os Piratas; Os Toureiros, Bloco da Ximbica; O bloco das Bruxas, e o Bloco Pé de Cana. Entre as escolas tudo começou com a Embaixada do Sossego.

Desfile dos anos 1950 do Carnaval lorenense; escolas e blocos fizeram o histórico da festa de Momo na cidade (Foto: Reprodução)

O arquiteto aposentado Ronaldo Longanezi, 83 anos, segue como figura presente ao Carnaval de Lorena e relembra. “Pra falar a verdade, eu não sei quando ela (escola Embaixada) começou, mas eu mesmo participei dela desde 1955. Era muito bonito, além da festa aqui em Lorena, nós saíamos de trem para outras cidades. Íamos para Jacareí num dia, Taubaté e Pinda no outro. Passávamos por Guaratinguetá, Piquete, Cruzeiro e outros lugares para nos apresentar. Saíamos como escola de samba, com comissão de frente, passistas e tudo. Todo mundo bonito, bem marcadinho, fazíamos um sucesso tremendo”. O carnavalesco teve história com outras escolas, como a Unidos da Mantiqueira, criada por ele mesmo, em 1965. Dois anos depois, passou a fazer parte da Unidos da Nova Lorena, onde atua até hoje junto ao presidente Ademir Peralta.

A história da festa em Lorena teve outras agremiações marcantes como Elétricos, Zebrão, Folhas da Figueira, Azulão, Bola Branca, Mocidade Independente, Unidos do Morro, Boêmios do Mac, Azulão, além da Estrela D’Alva e Os Acadêmicos, que também continuam desfilando pela cidade.

“Tivemos vários bons momentos. Na época do Carlos Marcondes (ex-prefeito), no início dos anos 80 fizeram a arquibancada e passaram para a avenida Targino. As escolas eram muito fortes, hoje estamos retomando. Isso é muito bom”, comemorou Longanezi, que exaltou a forma como a cidade tem incentivado seus eventos. “Tem bastante festa na praça, como a das Nações, da Padroeira e também o Carnaval. É um prazer para brincarmos e tudo mais. Acho que tivemos um bom público neste Carnaval. Claro que temos dificuldades, mas podemos fazer cada vez melhor. E com apoio para as escolas, Lorena tem tudo para fazer uma festa sempre melhor”.

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