Estado troca comando da Polícia Civil na RMVale, a mais violenta no interior paulista

Apesar de queda de 12% no número de mortes violentas em 2023, região preocupa e volta a ser foco de planejamento estadual contra o crime; casos de estupros aumentam 16%

O delegado Múcio Mattos Monteiro de Alvarenga assumiu o comando da Polícia Civil para a RMVale (Foto: Reprodução PCSP)

Thales Siqueira
RMVale

Depois da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba) fechar 2023 como a região mais violenta do interior paulista, o Governo do Estado anunciou uma troca no comando da Polícia Civil. O delegado Múcio Mattos Monteiro de Alvarenga, que estava trabalhando como delegado seccional de Mogi das Cruzes, assume como o novo diretor do Deinter-1 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior) e estará à frente das investigações na região.

A substituição de Waldri Antonio Covino Júnior, que estava na função desde janeiro de 2023, por Alvarenga foi publicada no último dia 7, no Diário Oficial. Além de Mogi das Cruzes, o novo diretor do Deinter-1 já atuou como delegado seccional do Litoral Norte, onde foi responsável por criar, em 2016, o primeiro “Plantão de Polícia Remoto” do país em Caraguatatuba.

As ocorrências policiais apresentadas nas delegacias de Ubatuba, São Sebastião, Ilhabela e Caraguatatuba eram encaminhadas para um único Delegado de Polícia.

A troca surge como uma esperança para diminuir a violência na região. De acordo com dados da secretaria de Segurança Pública, a RMVale, apesar de registrar uma queda de 12% no número de mortes violentas em 2023, segue como a mais violenta do interior. De janeiro a dezembro de 2023 foram contabilizadas 330 mortes violentas, sendo 316 vítimas de homicídios dolosos e 14 latrocínios.

Em 2023, a região de Ribeirão Preto registrou 251 mortes, enquanto a região de Piracicaba acumulou 244 e Campinas, 233.

Na RMVale, São José dos Campos, cidade mais populosa da região, teve 46 moradores assassinados em 2023. Caraguatatuba ocupa a segunda posição do Ranking Regional com 34 mortes. Fechando o “Top 5” aparecem Taubaté, com 31 vítimas, Cruzeiro com 29 e Lorena com 27.

Outro desafio que Alvarenga deve enfrentar é o aumento dos números de estupro na região. Em 2023 foram 208 casos, enquanto em 2022 foram 178, um aumento de 16%.

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