Por 7 votos a 3, pedido de investigação sobre fachada do prédio da antiga Prefeitura é arquivado em Guará

Documento protocolado na Câmara cita prejuízo material com queda de estrutura; Soliva e Sannini aguardam Condephaat sobre planejamento para futuro teatro

Fachada da antiga sede da Prefeitura de Guaratinguetá, que desabou após chuva; pedido de investigação arquivado (Foto: Reprodução)

Fabiana Cugolo
Guaratinguetá

A Câmara de Guaratinguetá decidiu pelo arquivamento da representação contra o prefeito Marcus Soliva (Republicanos), na votação realizada na sessão da última quarta-feira (8). A proposta para responsabilização política administrativa, tinha como foco a queda da fachada do prédio da antiga sede da Prefeitura, localizado na praça Homero Otoni, no Centro.

O desabamento, no último dia 30, assustou moradores e surpreendeu o poder público, que tem planos para construir um teatro no local. O documento, protocolado junto à Casa, na última segunda-feira (6), pelo advogado Luís Felipe Spiridigliozzi Nogueira e os diretórios municipais do PT (Partido dos Trabalhadores) e PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), solicitava a abertura de uma CEI (Comissão Especial de Investigação) e destacou os impactos do incidente. “…gravíssimo prejuízo material, mas acima de tudo histórico ao nosso município, sendo inclusive patrimônio histórico tombado…”.

Após a leitura da representação política administrativa, a votação terminou em sete votos contrários e três favoráveis à investigação. Apenas Nei Carteiro (MDB), Rosa Filippo (PSD) e Marcelo da Santa Casa (PSD) votaram pela investigação.

O presidente da Câmara, Pedro Sannini (Podemos), revelou que na mesma quarta-feira houve uma reunião no gabinete do prefeito, para debater o desabamento da fachada do prédio. Segundo Sannini, Legislativo e Executivo aguardam a vinda da equipe do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) ao município para avaliar a estrutura.

O vereador explicou ainda a situação em torno do futuro teatro municipal, que será construído no local, e que teve ordem de serviço assinada no final de setembro. “Todos nós sabemos que já foi feita uma licitação, no valor de R$ 10,6 milhões, para a reforma e construção do teatro, que é um desejo antigo da população e por infelicidade caiu a fachada. Agora, o Condephaat vai falar o que a Prefeitura tem que fazer. Dentro da licitação, vamos ver na planilha, se há alguma coisa referente ao pagamento do restauro, que lógico, não vai poder ser feito esse pagamento, e acredito que numa supressão desse restauro, possamos termos o melhor caminho, direcionados pelo Condephaat que é o órgão responsável”, frisou.

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