Nova análise de densidade larvária rastreia risco do mosquito da dengue na RMVale

Cidades intensificam ações contra o mosquito transmissor; estudo viabiliza medidas de prevenção e contenção da doença no próximo ano

Agente de endemias durante trabalho no município de Cruzeiro; região rastreia risco de dengue (Foto: Reprodução PMC)

Bruna Silva
RMVale

Buscando garantir a prevenção e contenção de uma possível epidemia no próximo ano, cidades da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) realizam novas edições da ADL (Análise de Densidade Larvária) para identificar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Guará e Aparecida apresentam alto índice, o que representa risco de epidemia.

A chegada do período do chuvoso acende o alerta para o risco de elevação dos casos de dengue. As cidades já se preparam para o enfrentamento ao Aedes. Em Pindamonhangaba, a análise realizada em outubro apresentou 0,4% de proliferação, dado satisfatório conforme o parâmetro do Ministério da Saúde. Aparecida registrou 3,1%, o que indica estado de alerta das autoridades municipais.

Segundo a pasta responsável, os bairros com maior número de infestação são Santa Rita, Itaguaçu e Vila Mariana. Situação semelhante é observada em Guaratinguetá, onde o IB (Índice Breteau) apontou 4,2%, isso é, a casa cem imóveis analisados, ao menos quatro apresentaram larvas do mosquito da dengue. O IPP (Índice de Infestação Predial), que apresenta a relação de residências positivas para larvas do Aedes chegou a 3,4%, indicando que a casa cem imóveis visitados, cerca de três possuem criadouros. A cidade já planeja intensificação das ações em ao menos duas áreas críticas com o apoio do Catabagulho, além de medidas de controle de criadouros e nebulização.

Em Cruzeiro, os dados também seguem em alta, em cerca de 2,4%. Já em Caraguatatuba, a pesquisa apontou que a taxa de infestação do mosquito é de 1,7%. A área um que corresponde a região norte, próximo ao bairro Tabatinga, obteve o maior índice de infestação cerca de 2,3%.

Para evitar o cenário epidêmico em 2022, a secretaria de Saúde tem realizado vistorias periódicas e bloqueios mecânicos. Os agentes do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) ainda estão percorrendo as ruas para a realização da última ADL do ano.

Embora não tenha apontado os números da densidade larvária, Ubatuba totalizou, somente em 2021, mais de 3,5 mil casos de dengue.

O Jornal Atos buscou dados dos municípios de Potim e São Sebastião, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.

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