Com quase dois mil casos, Pinda pede apoio do Exército contra a dengue

Aumento chega a 12.766% em janeiro; Prefeitura aposta em novo inseticida para conter proliferação do Aedes aegypt

Trabalho de nebulização contra o Aedes aegypti, em Pinda; cidade enfrenta alta assustadora de casos (Foto: Reprodução PMP)

Lucas Oliveira
Pindamonhangaba

Preocupada com o aumento expressivo de casos de dengue em Pindamonhangaba, a Prefeitura solicitou nesta semana o apoio do Exército Brasileiro no combate à proliferação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti. Enquanto a corporação analisa o pedido, o Município aposta em um plano de medidas para tentar conter o avanço da doença.

Um boletim divulgado pela secretaria de Saúde, na última quinta-feira (1), revelou que a cidade registrou em janeiro 1.930 casos de dengue, número que supera em 12.766% o do mesmo período do ano passado, que foi de apenas 15. No dia anterior a publicação do dado, o vice-prefeito, Ricardo Piorino, a secretária de Saúde, Silvia Mendes, e outros membros do Executivo se reuniram com o comandante do 2º Batalhão de Engenharia de Combate – Batalhão Borba Gato, tenente-coronel Ricardo Menegatto, na sede da corporação em Pinda. Na ocasião, os representantes municipais pediram a colaboração do Exército nas ações de combate à dengue que estão sendo promovidas pela Prefeitura na cidade e no distrito de Moreira César.

De acordo com o Executivo, na reunião foi alinhado que o Município enviará em breve à Menegatto um ofício descrevendo em quais tipos de trabalho necessita de apoio do Exército. Na sequência, o documento será encaminhado pelo tenente-coronel ao Comando Militar, que definirá se o Batalhão Borba Gato poderá atender ao pedido municipal.

Em 2015, ano em que Pinda enfrentou uma epidemia de dengue, o Exército auxiliou a Prefeitura em ações de vistoria em imóveis, de conscientização da população e de recolhimento de objetos propícios para o acúmulo de água parada.

Combate – Tentando conter o aumento de casos de dengue, a Prefeitura intensificou os trabalhos de inspeção e nebulização de casas e estabelecimentos comerciais, remoção de entulhos e objetos que podem servir de criadouro do Aedes aegypti, mutirões de limpeza e campanhas de conscientização.

As novas apostas municipais para o combate ao mosquito são as utilizações do inseticida Cielo, produto mais moderno do mercado e indicado pelo Ministério da Saúde, e do atomizador veicular Alexo, responsável por aplicar o novo inseticida pelas vias da cidade. O responsável pelo setor de Controle de Vetores, Ricardo da Costa, explicou a importância da utilização da substância e do equipamento. “Antigamente, existia o fumacê, que era feito com óleo mineral e inseticidas da classe dos Piretroides, os quais o Aedes aegypti já criou resistência. Por outro lado, o Cielo é um produto importado e o mosquito tem uma resistência bem menor a ele. O Alexo é um dos melhores equipamentos que existem, um atomizador veicular com capacidade muito boa e faz com que um jato de produto vá até cinquenta metros, então a gente passa da rua a pelo menos vinte metros tentando criar um turbilhão de atomização de inseticida no interior das casas ou na parte externa, aonde os mosquitos adultos que possam estar voando, sejam alcançados por essas gotículas”.

Apesar de promover as ações de combate em todos os pontos da cidade, a Prefeitura intensificou os trabalhos nas regiões com maior incidência de casos de dengue, que são Moreira César e os bairros Ipê, Vila São Benedito, Mantiqueira, Pasin, Vale das Acácias, Padre Rodolfo, Parque São Domingos, Bela Vista e Loteamento Liberdade.

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