Por prestação de serviço, Guará planeja fusão entre Saeg e Codesg para 2024
Projeto coordenado por Miguel Sampaio já tem primeiras tratativas e perspectiva de passar por aval da Câmara
Fabiana Cugolo
Guaratinguetá
Em entrevista ao programa “Atos no Rádio”, no último dia 31, o diretor presidente da Saeg (Companhia de Serviços de Água, Esgoto e Resíduos de Guaratinguetá), Miguel Sampaio, destacou mudanças e projetos futuros para a companhia e para a Codesg (Companhia de Desenvolvimento de Guaratinguetá). As autarquias podem passar por uma fusão.
A Prefeitura trabalha na mudança da prestação de serviços da Codesg e um projeto coordenado por Sampaio para a união entre Saeg e Codesg, ação que deve ser debatida e votada na Câmara.
Durante a entrevista, ele explicou as adaptações no trabalho realizado pela companhia, que desde o último dia 1 é presidida por Laércio Andrade. O ex-presidente da companhia, João Vaz, retornou ao seu cargo de secretário de Governo.
“Estamos mudando o perfil da Codesg. Era praticamente uma empresa de construção civil, somente com obras e nós estamos fazendo com que a Codesg se assemelhe à Urbam (Urbanizadora Municipal), que é uma empresa de São José dos Campos, que assessora e dá respaldo à Prefeitura”, contou Sampaio. “Nós estamos fazendo com que a Codesg preste mais serviços, colocando as obras para empresas privadas”, explicou.
As metas do Município são que a Codesg assuma a gestão de serviços como cemitério, velório, rodoviária, iluminação pública e reformas de escolas. No planejamento está incluída a fusão entre Codesg e Saeg.
O diretor presidente da Saeg frisou que as duas empresas são “pesadas” para a administração pública e a futura fusão resultaria em mais efetividade e produtividade. “Para que isso aconteça, temos que resolver uma das maiores dificuldades que temos na Codesg, que é o acordo com a família Byington. Estamos discutindo com a família de uma forma pacífica, para chegarmos em um acordo, assinarmos um acordo na Justiça e, a partir daí, acredito que a fusão ficaria mais fácil”, explicou.
Sampaio detalhou o contexto que envolve a família Byington. Desde 1974, à época, com a Fazenda Pérola Byington, a gestão municipal realizou um acordo para fazer loteamentos e urbanizar a área. A medida em que os loteamentos se concretizavam, segundo o acordo, que segue em vigência até os dias atuais, 30% é direcionado para a família e 70% para a Prefeitura.
Com alguns casos em que novos loteamentos foram feitos e a família não recebeu sua porcentagem, dos quais já foram realizadas negociações para o pagamento, Miguel enfatizou que a intenção do Executivo é uma “separação amigável” para encerrar este antigo contrato com os Byington e formalizar uma nova proposta da Prefeitura, onde o Executivo receberia uma parte da área e a família outra. “Já fizemos duas reuniões com a família a respeito. A família, no primeiro momento, gostou da ideia também, o que daria uma certa independência para nós e eles ficariam com a parte deles. Está caminhando para isso e isso é público”, frisou. “Essa condição, desse acordo com a família, liberaria a Codesg para que com a área que pegarmos nesse acordo, faríamos um loteamento, até para que a Codesg tenha uma injeção de recursos para sanar eventuais dívidas e caminhar para uma fusão com a Saeg de forma tranquila”.
O diretor presidente salientou ainda que a fusão só será possível com a aprovação da Câmara e uma nova empresa pública poderá existir a partir de janeiro de 2024 com o nome de Saeg (Companhia de Saneamento e Desenvolvimento de Guaratinguetá).
A previsão é de que o Executivo apresente o projeto da fusão aos vereadores ainda neste mês ou no retorno do recesso do Legislativo, em agosto.
