Vendas de pizzas é aposta da Universo do Autismo para manter assistência em Lorena

Associação de pais de crianças com autismo realiza série de atividades solidárias; grupo busca apoio para trabalho com as famílias

Pizzas preparadas pela associação Universo do Autismo; ação tem objetivo de juntar recursos para auxiliar famílias (Foto: Universo do Autismo)

Kassiane Ribeiro
Lorena

Em ação solidária para montar uma estrutura de apoio às famílias de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista), a Associação Universo do Autismo está arrecadando recursos por meio da venda de pizzas. A proposta é garantir recursos para o atendimento em Lorena.

O trabalho tem como foco garantir os direitos da pessoa com autismo na cidade.

A associação realiza diversas ações solidárias. Além de auxiliar as famílias, as atividades em busca de apoio financeiro têm outra missão: pagar as documentações do antigo projeto, o Instituto Cacau, e recuperar seu CNPJ, para garantir participação nas leis de incentivos e direitos de pessoas com TEA em Lorena.

A mais nova ação, criada nas últimas semanas, é a venda de pizzas nos sabores napolitana e calabresa no valor de R$ 38. A campanha, que tem prazo de participação até esta terça-feira (13), terá retirada pelos compradores na próxima sexta-feira (17), a partir das 16h no Oratório São Luiz, na rua Coronel José Vicente, nº 657, na Vila Hepacaré, em Lorena.

Outras informações sobre as vendas e o trabalho da associação pode ser acessada pelo número (12) 98114-1390, no Facebook e Instagram da Universo do Autismo.

Assistência – A ideia surgiu quando a técnica de enfermagem, Grazielly Cristina dos Santos decidiu iniciar uma rede de apoio para familiares de pessoas com autismo, que após o diagnóstico não sabiam quais os encaminhamentos para o tratamento ou direitos da pessoa com TEA. Ela é mãe de João Pedro, jovem que convive com o transtorno. Assim, em 2014, surgiu o Instituto Cacau.
“Quando recebi o diagnóstico do João Pedro, em 2014, não se ouvia falar sobre autismo. Nunca tinha visto outros autistas, não sabia como tratar e o plano de saúde não tinha especialistas e muito menos o SUS. Então tive a ideia de criar um projeto onde haveria tratamento para essas pessoas”, ressaltou Grazielly.

Com o passar dos anos, o Instituto Cacau acumulou dívidas na Receita Federal que bloquearam o CNPJ. No ano passado, os pais fundadores do projeto deram início à Associação Universo do Autismo para manter ativa a missão de auxiliar as pessoas que o instituto atendia.

O projeto tem o objetivo de garantir os direitos das pessoas com TEA na cidade e principalmente pedir por novos estatutos desenvolvidos com a participação dos pais de crianças com autismo para viabilizar tratamentos e diagnósticos com profissionais capacitados.
“Hoje, depois de nove anos do diagnóstico do meu filho, as famílias seguem sem tratamento correto,  sem profissionais capacitados,  tanto pelo SUS, quanto pelo plano de saúde”, salientou a fundadora do projeto.

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