Férias alavancam turismo em Aparecida e aproximam município de patamar de antes da pandemia
Setor hoteleiro estima atingir em julho 70% dos 737 mil turistas registrados no mesmo mês de 2019; movimento surpreende até mesmo nos dias de semana
Da Redação
Aparecida
Ruas cheias, muita movimentação de turistas e entra e sai de lojas ou na feira livre. Parece a descrição de um fim de semana, mas isso tem sido registrado até nas segundas-feiras em Aparecida. Julho é o período de férias escolares e muitas famílias escolhem como destino a capital católica. A movimentação reflete no aumento das vendas de ambulantes e comerciantes. Até o fim do mês são esperados cerca 520 mil turistas, de acordo com Sinhores (Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes de Aparecida e Região).
De acordo com o Sindicato, o mês de julho sempre foi considerado bom devido ao período de férias escolares. Neste ano não é diferente e o setor acredita que deve chegar a 70% o número de turistas, na comparação com 2019, o último ano antes da pandemia.
“Ainda não se pode mensurar a quantidade de hóspedes que visitaram e que ainda estarão em visita até o final do mês, pode se notar um número bem expressivo de turistas pelas ruas da cidade. No ano de 2019 a cidade contou com o total de 737,5 mil visitantes no mês todo, mas frente a tudo o que o país sofreu nestes últimos dois anos, acreditamos que a média de visitantes será de 70% comparada ao ano de 2019”, destacou o vice-presidente Valdecir Henrique Camargo.
Ainda segundo o Sinhores, a previsão é de que o setor turístico de Aparecida leve ainda mais três anos para voltar ao patamar de 2019 devido à crise econômica que o país enfrenta desde 2020.
A alta procura por hospedagem e compras na cidade vão ao encontro da tendência de crescimento do número de romeiros em Aparecida. Em 2019, último ano antes da pandemia, a cidade recebeu 11,9 milhões de turistas. Fortemente impactada pela Covid-19 em 2020 e 2021, Aparecida recebeu 3,3 milhões e 5 milhões de devotos, respectivamente. No ano passado foram oito milhões de turistas.
“Eu já vim três vezes esse ano (para Aparecida). Venho com grupo de colegas da diocese, mas dessa vez vim com a minha família, filha, neto, genro. É difícil conseguir vir todo mundo, só dá em julho ou dezembro, mas no fim do ano é muito complicado por Natal e festas de fim de ano”, contou a dona Judite Figueira, aposentada de Pouso Alegre-MG.
Para quem vende, o movimento nos dias de semana aumenta o faturamento mensal. “Ainda não está perto do que era nos meses de férias de antes (da pandemia), mas em vista do que tem sido nos últimos três anos, está ótimo. Segunda, terça, quarta ainda tem romeiro na cidade. Na quinta já tem gente chegando para o fim de semana. Pra (sic) nós, isso faz a diferença”, destacou Adilson Pereira dos Santos, que trabalha como ambulante na cidade.
