Chuva castiga região: pedra gigante cai sobre casa e Estado checa áreas de risco em Aparecida

Rocha rolou morro e atingiu quarto de mulher de 57 anos, que deixou a casa com outras duas pessoas; Guará, Cunha e Lorena estão entre cidades sob atenção

Pedra gigante que rolou durante chuva forte da quarta-feira e atingiu casa em Aparecida; região sob atenção (Foto: Leandro Oliveira)

Leandro Oliveira
Aparecida

A chuva da última quarta-feira (21) voltou a causar estragos em cidades da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) e assustou uma família de Aparecida. Com o solo encharcado, uma rocha que estava em um morro no Itaguaçu caiu e atingiu uma casa na rua Itamaracá, onde estavam três pessoas. Ninguém se feriu e todos foram removidos da residência para um abrigo municipal. Esse foi o segundo dia consecutivo de chuvas intensas que castigaram a cidade.

O deslizamento da pedra foi registrado às 20h20. O quarto atingido pela rocha era usado por uma mulher de 57 anos, que deixou o local minutos antes do cômodo ser destruído. Na casa moram, além dela, a filha de 20 anos e o neto de dois. Todos foram acolhidos para a base da Guarda Civil Municipal de Aparecida, do Itaguaçu, que funciona como abrigo temporário, onde permanecem até esta quinta-feira (22). A casa continua interditada.

“Aqui no bairro existem algumas áreas de risco já conhecidas pela equipe. Foi um evento geral, no município todo. Há muitas ocorrências pontuais de pessoas com medo, de barranco atrás de casas. Não temos nenhuma ocorrência a não ser essa casa, para deslizamento, movimento de massa, estamos fazendo vistorias preventivas”, contou o coordenador da Defesa Civil de Aparecida, Alan Siqueira.

Segundo a Defesa Civil, oito famílias precisaram de realocação sendo que sete famílias foram realocadas para residências próprias ou de familiares e apenas os moradores da casa atingida pela rocha necessitaram de abrigo.

Flagrante do quarto de mulher de 57 anos, destruído por pedra gigante em Aparecida (Foto: Leandro Oliveira)

Em apenas meia hora, choveu 30% do volume esperado para todo o mês de fevereiro em Aparecida. Além do Itaguaçu, outras regiões do município também foram vistoriadas pela Defesa Civil do Estado de São Paulo. As equipes passaram pelo São Francisco, Primeiro de Maio e Rua Padre Gebardo, onde uma mulher de 51 anos morreu após ser arrastada pela enxurrada de água, na última terça.

“A gente vem acompanhando o município de Aparecida há dois dias, já fornecemos ajuda de logística-humanitária com kits de limpeza para residências que foram atingidas”, reforçou a capitã da Defesa Civil Estadual, Lidiara Beatriz Lenarduzzi.

Além de Aparecida, cidades como Guaratinguetá, Lorena, Canas, Cunha e Potim estão em estado de atenção. Em todo o estado, só São Sebastião tem alerta para movimentação de massa, ou seja, riscos de deslizamento de encostas. “A gente teve um evento, um acumulo de chuva considerável, tivemos o acionamento das sirenes, não foi a primeira vez, mas dessa vez tivemos o acionamento na Vila Sahy. São Sebastião continua em alerta, é o único do estado nessa condição”, citou a capitã.

A equipe estadual da Defesa Civil foi ainda à Guaratinguetá para uma reunião emergencial, no gabinete de crise montado pela gestão municipal.

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