Estado anuncia sirenes para alerta sobre temporais em áreas de risco de São Sebastião

Investimento total é de R$ 2,4 milhões; empresa responsável pelo serviço de implantação do sistema de alertas é de São José dos Campos

Operação de buscas depois de deslizamentos causados por temporal, em fevereiro; Estado vai instalar sirenes (Foto: Reprodução Gesp)

Thales Siqueira
São Sebastião

Epicentro da tragédia que matou 64 pessoas, em fevereiro deste ano, São Sebastião será contemplada com um sistema de sirenes para alertar sobre temporais em áreas de risco. Ao lado de outras duas cidades do litoral paulista (Guarujá e Franco da Rocha), o município deve receber um investimento de cerca de R$ 2,4 milhões do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Defesa Civil.

A empresa Squitter, de São José dos Campos, que venceu a licitação, será responsável pela realização dos procedimentos de instalação e manutenção preventiva dos dispositivos e pelo software que fará a ativação do sistema de maneira remota. Além da compra dos equipamentos, o investimento prevê ainda a instalação de torres de transmissão.

Na ocasião da tragédia, em São Sebastião, o volume de chuva que caiu foi acima do previsto pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas Naturais), que esperava 250 milímetros, mas foram registrados 682 mm em um intervalo de seis horas. Com o intuito de evitar novas catástrofes, a previsão do Estado é que até o início da Operação Chuvas de Verão deste ano o sistema já esteja funcionando.

Coordenador da Defesa Civil do Estado, o coronel Henguel Ricardo Pereira afirmou que a escolha das três cidades que receberão o sistema de alerta foi definida a partir dos seguintes critérios: o risco de deslizamentos e alagamentos, o volume de chuva registrado, o número de mortes recentes, a quantidade de pessoas desalojadas e desabrigadas e a existência de um centro de operação e controle que já funcione 24 horas.

O objetivo do sistema de sirenes é alertar os moradores, principalmente das áreas de risco, sobre a previsão de chuvas fortes que possam causar eventuais estragos. Além das sirenes, serão implementados “mapas comunitários de risco” que terão informações, como: locais de fuga, pontos de encontro, abrigos e unidades de saúde.

Outra ideia de prevenção que a Defesa Civil do Estado planeja colocar em prática é a implementação de um sistema de georreferenciamento para que as pessoas que estão em áreas de risco recebam uma ligação no celular, mesmo se ele estiver no silencioso.

Para que tudo ocorra dentro do padrão esperado, a empresa deverá fornecer a realização de ensaios, treinamentos e operação assistida durante a implantação do serviço. No dia 28 de outubro deve acontecer um simulado de evacuação de área de risco na Vila Sahy em São Sebastião.

O Estado prevê ainda a implantação de um sistema de radar que seja capaz de prever a chegada de frente frias possibilitando que as medidas de precauções aconteçam de forma mais rápida.

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