Vendedores clandestinos são alvo de reclamações em Guará

Discussão sobre atividade de ambulantes ganha espaço na Câmara com apresentação de requerimento

Praça Conselheiro Rodrigues Alves, no Centro de Guaratinguetá; comerciantes e consumidores pressionam por maior rigor contra clandestinos (Foto: Arquivo Atos)
Praça Conselheiro Rodrigues Alves, no Centro de Guaratinguetá; comerciantes e consumidores pressionam por maior rigor contra clandestinos (Foto: Arquivo Atos)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

Quem passa pela região central de Guaratinguetá provavelmente já foi abordado por vendedores de produtos como balas, biscoitos, livros e revistas. Apesar de comum, a prática é ilegal se o vendedor não tiver permissão da Prefeitura para comercializar seus produtos.

A atitude de alguns vendedores provoca desconforto em moradores e até vendedores de lojas. A discussão foi parar na tribuna da Câmara, através de um requerimento apresentado pela vereadora Cleusa Maria, a Tia Cleusa (PMDB).

Em locais como as praças Conselheiro Rodrigues Alves e Condessa de Frontin não é difícil se deparar com a variação de produtos oferecidos ao ar livre. “Eu não ligo de estarem trabalhando, mas se é preciso fazer algum tipo de cadastro junto à Prefeitura, então tem que ser feito. O que não pode é vir para cidade e sair vendendo como se fosse só isso”, opinou a moradora da Santa Rita, Dalva Ribeiro.

Se para o transeunte a prática já incomoda, para os funcionários do comércio, ainda mais. Alguns comerciantes foram procurados para responder sobre a atitude dos vendedores clandestinos, mas preferiram não se manifestar, com receio da reação de quem atua nas proximidades.
Diferente da maioria, a funcionária de um estabelecimento comercial, Jéssica Cordeiro, criticou a situação, que prejudica o comercio legal. “Atrapalha um pouco, porque os clientes às vezes ficam com receio de ir até à praça ou em alguma loja comprar”.

Alvo de queixas, o assunto virou tema de requerimento. Tia Cleusa cobrou no plenário uma fiscalização mais rígida por parte da Prefeitura. “São muitos vendedores que ficam importunando nas entradas da praça (Conselheiro Rodrigues Alves). Não deixam a gente passar, são pessoas de fora”, salientou.

O número de andarilhos e pedintes no Centro de Guaratinguetá também foi citado pela vereadora no documento. Com a proximidade do fim do ano e das festas natalinas, a tendência é que aumentem o número de pessoas em condições de rua na praça Conselheiro, principal ponto de comércio a céu aberto da cidade.

“No fim do ano é pior, principalmente esses ciganos aí que não são bons, nós sabemos disso. Está atrapalhando muito e vem aumentando cada vez mais”, concluiu a vereadora.

O requerimento foi encaminhado à Prefeitura de Guaratinguetá, que tem 15 dias para responder.

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