Perdendo recenseadores, IBGE tem dificuldades em aplicar questionários na RMVale

Instituto enfrenta recusa em moradias e prorroga coleta de dados até o início de dezembro; resultado é mantido

Pesquisa do Censo 2022 deste ano tem problemas na apuração; prazo para divulgação do resultado permanece sem alteração (Foto: Reprodução)

Andréa Moroni
RMVale

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) decidiu prorrogar até o início de dezembro, o prazo de coleta de informações para o Censo 2022. A previsão inicial era encerrar os trabalhos até 31 de outubro, mas com excesso de dificuldades para apuração de dados, o prazo se mostrou curto.

O instituto manteve, no entanto, a previsão de divulgar os dados do censo até o fim de dezembro.

Segundo o diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, apenas cerca de metade da população estimada do Brasil foi recenseada desde 1 de agosto, por isso decidiu-se prorrogar o prazo dos trabalhos.

Na região de Guaratinguetá, o escritório do IBGE, que responde, além da própria Guará, pelos municípios de Roseira, Aparecida, Potim, Lorena, Cunha, Lagoinha, Piquete e Canas, teve problemas com a desistência de recenseadores. “Tivemos problemas primeiramente com a quantidade de inscritos e posteriormente com o interesse das pessoas que foram treinadas em serem contratadas”, informou de coordenadora de Área do IBGE de Guaratinguetá, Maísa Vilela, que revelou ainda que já foram feitos quatro processos seletivos complementares, mas ainda não foram preenchidas as vagas na maior parte dos municípios. “Diante dessa situação e considerando o andamento da coleta até o momento aqui no Vale, seguiremos com o efetivo atual, suficiente para cumprirmos a nova previsão de término definida”.

No Vale do Paraíba foram registrados, até o momento, 1.306.511 pessoas em 459.340 domicílios. “Em relação aos setores censitários, no Vale do Paraíba temos cerca de 30% dos setores não iniciados, 35% em andamento e 35% concluídos”.

Outro problema registrado pelo IBGE é o número alto de recusas por parte dos moradores em responder o questionário do Censo Demográfico. “Estamos com dificuldade de acesso em prédios de alto padrão em Lorena. Quando somos autorizados a entrar no hall do prédio, os moradores não descem dos apartamentos para responder o questionário”, contou Maísa.

A coordenadora pede a colaboração da população nas respostas ao questionário. “É preciso que todos colaborem e respondam ao questionário pois o Censo Demográfico é a única pesquisa que percorre todos os domicílios do país. Ele retrata a realidade socioeconômica da população brasileira além de retratar quantos somos, como vivemos e onde vivemos”.

Região de Cruzeiro – A área de Cruzeiro, que é responsável pelas cidades de Arapeí, Areias, São José do Barreiro, Bananal, Cruzeiro, Cachoeira Paulista, Lavrinhas, Queluz e Silveiras, tem aproximadamente 80% da área concluída. “Apenas os setores rurais estão precisam ser feitos, mas isso representa apenas 5% da população. Nosso atraso ocorre devido ao mal tempo q nos deixou parado por quase três semanas”, informou Sammy Abdul Hai, coordenador de subárea do censo

Segundo Sammy, não foram registradas desistências de recenseadores no início do trabalho, mas a realidade mudou. “Agora quando sobrou apenas setores rurais, alguns recenseadores pediram desligamento por não ter interesse nestas áreas. Nossas cidades mais atrasadas são: Bananal, São José do Barreiro e Silveiras devido ao acesso a serra da Bocaina ser difícil, com chuva”.

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