Roseira faz parceria com Estado para contratação de mão de obra carcerária

Reeducandos do regime semiaberto da P2 de Potim atuam em serviços de manutenção da cidade

Reeducandos trabalhando em serviços urbanos; Prefeitura de Roseira é contatada para contratar mão de obra (Foto: Reprodução PMR)

Andréa Moroni
Roseira

A secretaria da Administração Penitenciária firmou parceria com a Prefeitura de Roseira para a contratação de mão de obra carcerária. A iniciativa é parte do projeto do Governo do Estado em disponibilizar oportunidade de recolocação no mercado de trabalho às pessoas privadas de liberdade.

Viabilizado pela Fundação Professor Dr. Manoel Pedro Pimentel, o contrato de 15 reeducandos do regime semiaberto tem vigência de um ano e beneficia sentenciados da Penitenciária 2 de Potim. “Cada reeducando recebe um salário de R$ 1.370, onde uma parte fica para ele e outra para o detento, que permanece no CDP (Centro de Detenção Provisória) cuidando da limpeza para quando o reeducando voltar. Cada três dias trabalhados reduz um dia na pena”, explicou o secretário de Obras, Rodrigo Galeano.

Sob orientação e fiscalização da Prefeitura, os reeducandos atuam como auxiliar de serviços gerais na cidade, executando a limpeza de praças, as pinturas de vias públicas, a manutenção de escolas, a coleta de lixo. “A obrigação da prefeitura é fornecer uniforme, transporte e alimentação”, disse Galeano. A jornada de trabalho é de segunda à sexta-feira, das 7h às 16h, com pausa de uma hora de almoço.

Segundo o secretário, os trabalhos já começaram nos bairros da cidade. “Escolhemos, pintor letrista, pedreiro, operador de roçadeira, coletor de lixo, mecânico de manutenção de veículo e ajudante geral. Quando eles estiverem mais entrosados, eles serão enviados para setores da Prefeitura. Quem trabalhar na coleta de lixo vai fazer revezamento com os funcionários da prefeitura porque o serviço de coleta é bem desgastante”.

Para o diretor substituto da Penitenciária 2 de Potim, Luciano José Pimenta, a possibilidade do reeducando exercer uma atividade remunerada é parte importante para a sua reinserção na sociedade, uma vez que a pena não é mais enxergada apenas como um castigo para o violador dos bens jurídicos. “Nesse sentido, o Estado de São Paulo patrocina políticas públicas com o objetivo de estimular o trabalho do preso, pois esse esforço amplia a possibilidade do sentenciado não vir a reincidir, afinal, o trabalho tem em seu bojo a esperança de um futuro digno principalmente para quem experimenta momentaneamente a restrição de liberdade”, explicou Pimenta.

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