Após paralisação, Novelis e sindicato continuam queda de braço por aumento salarial

Trabalhadores usam pausa de uma hora para aumentar pressão sobre campanha de salários

Paralisação de funcionários da Novelis; sindicato pressiona empresa por salários maiores (Foto: Reprodução Sindmete)

Bruna Silva
Pindamonhangaba

A paralisação de funcionários da fábrica Novelis, na última quarta-feira (4), colocou mais pressão sobre a direção da empresa na queda de braço com o Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, pela campanha salarial. A ação faz parte de estratégia sindical para garantir adequação dos valores na realidade econômica para a categoria.

O atraso no turno da manhã durou cerca de uma hora, com adesão total, de acordo com o sindicato, nos três turnos.

De acordo com o Sindicato, o índice de inflação da categoria é de 4% e a data base 1º de setembro. A categoria afirmou ainda que os atos contam a adesão total dos trabalhadores. O objetivo é pressionar as bancadas patronais nas negociações com a Federação dos Metalúrgicos da Central Única no Estado de São Paulo.

Para o presidente do Sindicato, André Oliveira, depois de dois anos de inflação alta, neste ano a busca pelo aumento real do salário deve ser intensificada. “Hoje com inflação controlada, vamos buscar o aumento real de salário, aquele reajuste além da inflação, olhando sempre como está a sua produtividade e com responsabilidade sobre os empregos”, ressaltou.

Somente na planta de Pindamonhangaba, a Novelis emprega 1,5 mil pessoas. Ainda nesta semana outras duas fábricas fizeram paralisações, a Latasa e a Incomisa, que empregam mais de quinhentos trabalhadores juntas.

Procurada pela reportagem do Jornal Atos, a Novelis não se aprofundou sobre os protestos, mas garantiu que mantém conversas com a categoria. “A Novelis informa que as negociações de reajuste para os profissionais de sua fábrica em Pindamonhangaba, entre a FEM CUT (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT/SP) e o Sindicel, ainda estão em andamento. A Novelis reforça que respeita as atividades desenvolvidas pelos sindicatos de classe e preza pelo diálogo transparente entre as partes”.

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