Com 39 assassinatos, abril é marcado pela violência na região

RMVale não tinha mês tão sangrento desde 2020; Lorena e Guará somam 15 vítimas de homicídios

Viatura da PM durante operação na região, que tem números preocupantes na criminalidade; Lorena lidera ‘Ranking da Morte’ (Foto: Reprodução)

Da Redação
RMVale

Desde novembro de 2020 sem registrar um número mensal tão alto de assassinatos, a RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) teve 39 moradores mortos em abril. Mais violentas do mês, Lorena e Guaratinguetá concentraram quase 40% dos homicídios ocorridos na região no período.

Dados divulgados pela SSP (secretaria de Segurança Pública do Estado), na última terça-feira (24), apontaram que a RMVale teve em abril 38 vítimas de homicídio doloso (quando existe a intenção de matar) e uma de latrocínio (roubo seguido de morte), registrado em Caraguatatuba. O montante supera em 69% o do mesmo período do ano passado, que foi de 23 ocorrências.

A área não atingia um número mensal tão preocupante desde novembro de 2020, quando quarenta pessoas foram assassinadas.

Com oito moradores mortos de forma violenta, Lorena foi a líder do “Ranking da Morte” em abril. O caso mais chocante ocorreu no dia 24, quando os corpos de três homens foram encontrados, com as mãos e pés amarrados, em uma região de mata do bairro Aterrado, próxima à rodovia Prefeito Aristeu Vieira Vilela, que liga a cidade à Guará.

Executadas com disparos de arma de fogo na cabeça, as vítimas foram identificadas como Bruno Henrique dos Santos Dias, 21 anos, Gabriel Gustavo Ovídio dos Santos, 20 anos, e Wally Afonso Candido, 34 anos. Além das marcas de tiros, o corpo de um dos rapazes estava com uma faca cravada na garganta. O triplo homicídio segue sendo investigado pela Polícia Civil, que apura a hipótese de que ele tenha sido motivado por vingança, já que informações apontaram que o trio supostamente assassinou a tiros o jovem, João Victor de Oliveira Mota, que tinha 19 anos, em 21 de abril na praça central do bairro Cecap.

Segunda cidade mais violenta da RMVale no quarto mês deste ano, Guará teve sete moradores mortos. O caso de maior repercussão foi o assassinato do escritor e jornalista, Cláudio Marques, 47 anos, que teve o corpo encontrado no Rio Paraíba no dia 20. Na mesma data, o carro da vítima foi localizado incendiado em uma área do bairro Rio Comprido, próxima ao motel “Passsport”. A Polícia Civil concluiu que Marques foi morto após uma discussão com criminosos no Residencial Flamboyant. O motivo do desentendimento e os detalhes da prática do homicídio não foram divulgados pela corporação, que prendeu o autor do crime.

Enquanto Guará e Lorena concentraram 15 dos 39 assassinatos ocorridos na região em abril, os demais 24 casos foram distribuídos por: Ubatuba (4), Cruzeiro (3), Pindamonhangaba (3), Taubaté (3), Caraguatatuba (2), São José dos Campos (2), Aparecida (1), Caçapava (1), Ilhabela (1), Jacareí (1), Piquete (1), Potim (1) e São Sebastião (1).

Para a preocupação das autoridades em Segurança, maio também tem sido marcado pela violência na RMVale. Os dois homicídios mais recentes aconteceram em Cruzeiro e Guará.

O primeiro deles foi registrado na tarde da última terça-feira (24) no bairro Pedregulho, em Guará. Segundo a Polícia Civil, o corpo de uma mulher de 53 anos foi encontrado em uma casa abandonada, que vinha sendo utilizada por usuários de drogas, no residencial Eurico Gaspar Dutra. Morta por estrangulamento, a vítima possuía antecedentes criminais. O caso é investigado pela Polícia Civil, que analisa câmeras de videomonitoramento de imóveis vizinhos para tentar identificar o assassino.

Já o outro caso, ocorreu na madrugada da última quarta-feira (25) na tradicional praça Antero Neves Arantes, no Centro de Cruzeiro. Identificada como Sérgio Maurício Nogueira de Sá Júnior, a vítima, que tinha 44 anos, foi espancada até a morte por outros quatro homens. O crime foi flagrado por câmeras do COI (Centro de Operações Integradas), que auxiliaram na prisão de três homens, de idades entre 18 e 19 anos. O quarto envolvido no homicídio doloso segue sendo procurado pela Polícia Civil.

 

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