Com cinco assassinatos no fim de semana, região aumenta atenção com abril sangrento

Lorena registra triplo homicídio no bairro Aterrado e idosa é esfaqueada pelo vizinho em Pinda; investigação segue rastro de ligação dos crimes com o narcotráfico

 

Bruno Henrique, Wally Afonso e Gabriel Gustavo, que foram encontrados mortos em área de mata de Lorena; caso é investigado pela Civil(Foto: Reprodução)


Da Redação

RMVale

 

Área mais violenta do interior do estado há quase uma década, a RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) teve cinco moradores assassinados no último fim de semana, dando sequência ao período de alta na criminalidade regional. Além de um triplo homicídio em Lorena, a Polícia Civil registrou a morte de um homem em Guaratinguetá e de uma idosa em Pindamonhangaba.

 

Já na semana anterior, a morte de João Victor de Oliveira Mota, na quinta-feira (21) no Cecap em Lorena, do jornalista Cláudio Marques, de 47 anos no Residencial Flamboyant, um menor de 15 anos, alvejado na testa nas proximidades da Festa de São Benedito e de um homem de 29 anos, alvejado no tórax, no residencial Santa Mônica (os últimos três em Guaratinguetá, além de dois cadáveres encontrados no Rio Paraíba, em Cruzeiro, aumentaram a atenção para o alto número de homicídios na região durante o mês.

 

Neste final de semana, mais cinco mortes. O primeiro crime foi registrado em Lorena, por volta das 10h do último domingo (24) na rua Almirante Iran, no bairro Aterrado, próximo à rodovia Prefeito Aristeu Vieira Vilela, que liga o município a Guará. De acordo com o boletim de ocorrência, um policial militar acionou à Polícia Civil após se deparar com os corpos de três homens. Ao chegar no local indicado, os peritos constataram que as vítimas, que estavam com as mãos e os pés amarrados, haviam sido executadas com tiros na cabeça, sendo que uma delas estava com uma faca cravada no pescoço.

 

Moradores da região informaram aos policiais que o trio estava desaparecido desde a tarde do último sábado (23). As vítimas foram identificadas como: Bruno Henrique dos Santos Dias, 21 anos, Gabriel Gustavo Ovídio dos Santos, 20 anos, e Wally Afonso Candido, 34 anos.

 

A Polícia Civil investiga a hipótese de que o triplo homicídio tenha sido motivado por vingança, já que a corporação recebeu a informação de que os rapazes teriam envolvimento no assassinato de João Victor de Oliveira Mota, ocorrido na noite da última quinta-feira (21), no bairro Cecap. Na ocasião, o jovem comemorava seu aniversário de 19 anos na praça pública da rua Luís Carlos Filipini, quando foi executado por três homens armados. A ação foi flagrada por câmeras de videomonitoramento do COI (Centro de Operações Integradas). As imagens foram fornecidas pela secretaria de Segurança Pública de Lorena à Polícia Civil, que apura o caso.

 

Já o segundo crime registrado no último domingo, ocorreu por volta das 14h no condomínio Flamboyant 2 em Guará. De acordo com o boletim de ocorrência, R.S.M.D.S, que tinha 41 anos, caminhava pela avenida Integração, quando foi atingido por dez disparos de arma de fogo. Alvejado na cabeça e nas costas, o homem morreu no local. Natural de Cruzeiro, a vítima já havia cumprido pena por tráfico de drogas.

O homicídio doloso (quando existe a intenção de matar) é investigado pela Polícia Civil de Guará, que tenta identificar os dois atiradores.

 

Com 84 anos, uma moradora de Pinda foi a quinta vítima da violência do último domingo. Segundo a Polícia Militar, a corporação foi acionada por volta das 15h por residentes da avenida Mogi das Cruzes, no bairro Cidade Nova, que presenciaram uma cena de terror. O grupo flagrou um jovem de 22 anos arrastando o corpo da idosa para o meio da via. Vizinho da vítima, o criminoso invadiu a casa dela, que estava acamada, e a esfaqueou até a morte.

 

Após cometer o homicídio, o jovem tentou furtar um carro que estava estacionado na via, mas acabou sendo imobilizado e espancado por um grupo de moradores. Ele foi encaminhado à Delegacia de Pinda, permanecendo à disposição da Justiça. Segundo a Polícia Civil, o assassino, diagnosticado como esquizofrênico, estava em surto no momento do assassinato. Ele possuía antecedentes criminais por roubo e furto.

 

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