Agentes e voluntários de Defesa Civil da região recebem capacitação

Ação em Lorena teve participação de 12 cidades, Exército e Bombeiros

Rafaela Lourenço
Lorena

Equipes de Defesa Civil de 12 cidades da região participaram de uma ação para qualificação do atendimento. A capacitação foi realizada pela Prefeitura de Lorena, na última quarta-feira.

A primeira edição do Estágio de Capacitação dos Agentes e Voluntários da Defesa Civil da região teve a participação de 45 pessoas envolvidas na área, com sete horas de atividades teóricas e práticas.

O evento foi realizado no 5º BIL (Batalhão de Infantaria Leve), e a simulação das atividades com ensinamentos práticos, em uma área da fábrica desativada GA. As cidades de Aparecida, Bananal, Cachoeira Paulista, Canas, Caçapava, Cruzeiro, Guaratinguetá, Pindamonhangaba, Piquete, Queluz e Taubaté, além da própria Lorena, foram representadas. “Essa capacitação acrescenta ao município novos conhecimentos, atualiza a equipe e chama novos voluntários”, comentou o coordenador da Defesa Civil de Lorena, Robson Dias.

Segundo o secretário de Segurança Pública de Lorena, Capitão Elton, o estágio conclui a parte legal da Defesa Civil do município, com legislação, a composição via decreto municipal e a regulamentação do grupo operacional. “Temos um efetivo de dez profissionais, dois agentes operacionais e oito voluntários, agora devidamente aptos a trabalhar quando nós os acionarmos”, contou.

A ideia de capacitar a região vem, de acordo com o secretário, de frente ao trabalho da Defesa Civil. “Termos essa reciprocidade de ajuda é muito interessante, caso haja algum desastre aqui ou em cidade vizinha. É produtivo em relação de amenizar danos e sofrimentos das pessoas” comentou.

A maciça participação masculina foi “quebrada” pela presença de mulheres das equipes da DC de Guaratinguetá e Queluz. A bombeiro civil e técnica em enfermagem, Valesca Campos, voluntária há quatro anos em Guaratinguetá, exaltou a importância do papel da mulher nessas ações. “Ainda existe o preconceito porque a maioria dos acontecimentos precisa de força bruta. Não é porque somos mulheres que não podemos ajudar, sempre há uma ocasião de necessidade”.

Em Queluz, as dificuldades são outras. Segundo a coordenadora da Defesa Civil, Adriana de Araújo, a falta de estrutura e apoio por parte do governo é alarmante. “A maioria dos habitantes é humilde e reside em áreas de risco. Lá dá muita inundação e eles dependem demais de nós e de outros órgãos da Prefeitura”, contou.

Após a regulamentação dos voluntários de Lorena, a Defesa Civil focará os trabalhos para o período de estiagem, no inverno, quando o número de queimadas cresce na região. Para o período das águas foi elaborado um plano de prevenção dos efeitos da chuva, parte do Plano de Contingência Municipal.

O plano atualmente segue duas vertentes de ação, o combate aos efeitos das chuvas e a ação geral. Segundo Capitão Elton, a secretaria de Segurança incluirá os acidentes envolvendo explosivos. “Vamos pegar ideias da simulação de hoje e da parceira com o 5º BIL, porque temos sete indústrias que fabricam ou manipulam explosivos na nossa região. Precisamos estar preparados”, comentou.

Ainda de acordo com o secretário, Lorena já tem os procedimentos de ação para atuar nessas condições, e que até o final do ano o plano de contingenciamento geral chegará a quatro ou cinco vertentes de ação.