Câmara de Cruzeiro aprova Taxa de Bombeiros

Cobrança será inserida no IPTU; valor é calculado de acordo com o potencial de incêndio do imóvel

Atual sede do Corpo de Bombeiros em Cruzeiro; cidade passa a ter tarifa para auxiliar coorporação (Foto: Maria Fernanda Rezende)
Atual sede do Corpo de Bombeiros em Cruzeiro; cidade passa a ter tarifa para auxiliar coorporação (Foto: Maria Fernanda Rezende)

Maria Fernanda Rezende
Cruzeiro

No próximo ano, os moradores de Cruzeiro terão mais uma taxa para pagar. O Febom (Fundo Municipal do Posto de Bombeiros) foi aprovado pela Câmara na última segunda-feira e deve arrecadar cerca de R$ 500 mil.

A tarifa será um complemento, além do que já é repassado pelos governos municipal e estadual. De acordo com informações da Câmara, os militares afirmaram que a verba recebida até então era insuficiente apenas para os trabalhos essenciais.

O valor anual a ser cobrado será obtido de acordo com o potencial calorífico de cada imóvel, considerando sua área total. Em entrevista para a Rádio Aparecida, o comandante do Terceiro Sub-grupamento de Bombeiros da região, capitão Paulo Roberto Reis, exemplificou que para uma casa de 70 m², será cobrado R$ 0,75 ao mês.

Estão isentos da cobrança as entidades declaradas de utilidade pública municipal e os imóveis de até 55m² de área construída. O valor deverá ser inserido no IPTU, devidamente discriminado.

A cobrança dividiu opiniões entre a população. Por um lado se queixam de pagar pelo serviço que atende não somente Cruzeiro, mas também outros municípios vizinhos. Por outro, consideram que o Corpo de Bombeiros necessita de verba para melhorias.

A ajudante geral Sarita Souza se queixou que a cobrança seja feita apenas para os cruzeirenses. “É mais um imposto que pagamos, que vai beneficiar mais as cidades vizinhas. Precisei chamar os Bombeiros duas vezes na minha vida, e as duas vezes não puderam atender pois estavam em outra cidade”.

Já a autônoma Silvana L. apoiou a aprovação da taxa e defende as melhorias que esse valor pode gerar. “O povo tem que se informar. Nas cidades que existe essa taxa, melhorou muito. O dinheiro arrecadado vai direto para os Bombeiros, e depois decidem onde será usado, em compras de viaturas, por exemplo. Infelizmente não dá para ficar esperando tudo do Governo”, argumentou.

Capitão Reis afirmou que essa forma de contribuição está prevista no convênio entre Estado e Município, e é o que garante a presença e serviço do Corpo de Bombeiros na cidade.

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