Sob mira da população, Câmara de Aparecida nega manobra para aumento dos salários dos vereadores

Projeto de reajuste que beneficiaria parlamentares, secretários, prefeito e vice ainda é esperado para última sessão

Rafael Rodrigues
Aparecida

Restando apenas uma única sessão para o fim do mandato, a atenção em Aparecida ainda recai sobre os vereadores de Aparecida, que estariam articulando um reajuste salarial para a próxima legislatura. O aumento seria estendido também para prefeito, vice e secretários, que assumirão a administração municipal a partir de janeiro do ano que vem.

Durante essa semana, o presidente da Câmara, Adilson de Castro Lima, o Boi na Brasa (PMDB) garantiu que não existe a possibilidade legal de colocar em votação projeto que beneficie os parlamentares, mas não mencionou o reajuste de secretários municipais. “Conversando com o Geraldo de Souza (diretor da Câmara), chegamos à conclusão de que não poderemos votar mais o salário dos vereadores. Aqui em Aparecida fizemos uma votação, em setembro e mantivemos o salário do mesmo jeito”, lembrou.

O diretor da Câmara, Geraldo de Souza, confirmou que juridicamente o salário dos vereadores não poderia mais ser votado, pois infringiria o período da anterioridade, ou seja, ser aprovado antes da eleição. “O Tribunal de Contas pede que enviemos antes do pleito e isso já foi feito”.

O presidente da Câmara ressaltou que um aumento no salário dos parlamentares não seria votado por falta de tempo. “Estamos no final do mandato, ainda não temos nem tempo para fazer isso, caso os vereadores recebam aumento, pela votação, só em 2018”.

Secretariado – Apesar da negativa em se votar aumento para os parlamentares, o diretor da Câmara deixou em aberto a possibilidade de votação de um projeto de reajuste nos vencimentos dos secretários municipais.

“Existe sim a possibilidade, temos visto os comentários, mas eu desconheço o projeto, que deve ser elaborado pelo Legislativo. Ainda não sei nada de valores, muito menos de qualquer percentual. A Casa está aberta a receber qualquer projeto para deliberar até o dia 19, pois o recesso começa já no dia 21”.

Atualmente os vereadores de Aparecida recebem mensalmente R$ 4,2 mil. Em setembro, em meio à campanha eleitoral, eles negaram o reajuste de 9,03% proposto pela mesa diretora. Na oportunidade, a alegação era de que em época de crise não era possível aumentar os gastos do município.

Na cidade, o cenário discute se o discurso já não teria mudado na Câmara, já que teria sido realizado uma discussão em portas fechadas para tratar do assunto. No caso do secretariado para o ano que vem, ainda não se tem nenhum projeto oficialmente protocolado na Casa. O salário atual de secretários é de R$ 4,7 mil.

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