Contratos da merenda de Lavrinhas e Cruzeiro entram na mira de investigação da Polícia Federal

Operação apura possíveis fraudes em contratos com licitações nos dois municípios; seis mandados de busca dão sequência à ação que rastreia empresários

Viatura da Polícia Federal; Lavrinhas e Cruzeiro seguem sendo investigados por contratos sem licitações (Foto: Reprodução PF)

Da Redação
RMVale

A Polícia Federal deflagrou no começo da manhã desta quarta-feira (4) a Operação Vaicrá, que apura possíveis fraudes em licitações para aquisição de gêneros alimentícios para a merenda escolar em Cruzeiro e Lavrinhas. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em São Paulo e Mairiporã, nas casas de sócios de empresas investigadas, que teriam contratos com os municípios.

A Polícia Federal bloqueou a venda de patrimônio dos associados. A operação teve como ponto de partida outra operação, a MedCruz, deflagrada em 2020 e que apurava irregularidades em contratos da saúde em Cruzeiro.

Na MedCruz, os investigadores localizaram outros possíveis delitos ligados a fraudes em licitações, manipulação de orçamentos, simulação de competitividade e contratação de empresas sem licitação sob a justificativa de que eram emergenciais. Os agentes apuraram ainda direcionamento de processos de seleção e escolha.

Os investigados podem responder pelos crimes de fraude a licitações, corrupção ativa, corrupção passiva e associação criminosa.

A Prefeitura de Cruzeiro respondeu por meio de nota, informando que foi surpreendida com a notícia da operação da Polícia Federal e que não recebeu nenhuma notificação.

O Município ressaltou ainda que as operações estão sendo realizadas em São Paulo e Mairiporã-SP e não houve nenhuma solicitação para a Prefeitura. “À época da deflagração da primeira operação, que se refere à investigação, a Prefeitura de Cruzeiro tomou todas as providências necessárias, inclusive rescindindo o contrato com uma das empresas envolvidas, exonerando quem deveria ser exonerado, instaurando processos administrativos disciplinares e colaborando diretamente com as investigações da Polícia Federal que ainda estão em curso”, conclui.

A Prefeitura de Lavrinhas foi procurada pela reportagem do Jornal Atos, mas não se manifestou até o fechamento desta matéria.

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