Aprovada na Câmara, reforma emergencial de Isael tenta adequar Prefeitura de Pinda
Com redução de cargos e regularização de comissionados, mudanças receberam críticas de servidores
Da Redação
Pindamonhangaba
Se 2016 em Pindamonhangaba acabou com apreensão para servidores e moradores quanto às dificuldades da administração municipal, 2017 não começou diferente. Em uma turbulenta sessão, na última quinta-feira, os vereadores da cidade aprovaram a primeira fase da reforma administrativa que tenta colocar em ordem serviço municipal.
O pacote de medidas da gestão Isael Domingues (PR) foi anunciado no último domingo, durante a cerimônia de posse. O prefeito destacou que seria um primeiro passo, para que a Prefeitura pudesse funcionar e ainda garantir uma economia de até R$ 6 milhões. “É essencial. Sem ela, não podemos funcionar. Ficamos sem gestão”, ressaltou o prefeito.
Com a aprovação do projeto, a Prefeitura coloca em prática ações para organização da administração com a adequação de cargos, com destaques para comissionados, após determinação judicial, que deu prazo até abril para a Prefeitura. “Já houve um enxugamento dos cargos comissionados. Passamos de 302 cargos para pouco mais de oitenta. O ponto de partida é economizar, pois estamos em um período muito complicado”, destacou o vice-prefeito e secretário de Governo, Ricardo Piorino, presente à sessão, que apesar de iniciada às 10h, contou com um bom número de pessoas, que questionaram a votação.
Com direitos a gritos e discussões entre o público, além de questionamentos aos vereadores que declararam voto, a Casa aprovou a proposta. Na tribuna, Rafael Goffi (PSDB), Professor Osvaldo (PR), Toninho da Farmácia (PSDB), Roderley Miotto (PSDB), Ronaldo Pipas (PR), Gislene Cardoso (DEM) cobraram uma revisão na proposta.
O pedido já foi acolhido pelo Executivo, e deve ser debatido a partir desta segunda-feira, com reuniões que devem contar com a participação dos vereadores. “Já nos colocamos à disposição sobre a revisão. Os pedidos apresentados são de adequações, e vamos ouvir todos. Temos de fazer essa revisão e dar espaço para todos, não só vereadores, como também a população”, salientou Piorino.
O secretário de Assuntos Jurídicos, Anderson Plínio da Silva Alves, frisou que sem a aprovação, a administração estaria paralisada para os primeiros atos do ano, em meio às crise no atendimento. “Não foi feito a toque de caixa, mas sim para que a Prefeitura ande. É a primeira vez que vejo um governo começar a trabalhar sem poder nomear o secretariado, tudo devido à essa decisão judicial que não permitia que o prefeito nomeasse os secretários. Por isso, pela prioridade, fizemos este projeto, é claro já com a noção de que teremos que fazer uma revisão mais para frente”, destacou
De acordo com a Prefeitura, além da revisão, a proposta para adequação da situação do Executivo já conta com expectativa para uma segunda reforma, prevista para meados de maio. “É importante esclarecer que além da economia, cerca de 70 % destes cargos serão preenchidos por servidores de carreira. Inclusive quatro secretarias, o mais alto escalão da administração, serão coordenadas por funcionários concursados”, ressaltou Isael.