Aprovada na Câmara, reforma emergencial de Isael tenta adequar Prefeitura de Pinda

Com redução de cargos e regularização de comissionados, mudanças receberam críticas de servidores

Mesa diretora tenta acalmar ânimos em sessão extraordinária, que aprovou pacote de reformas de Isael (Francisco Assis)
Mesa diretora tenta acalmar ânimos em sessão extraordinária, que aprovou reformas de Isael Domingues (Francisco Assis)

Da Redação
Pindamonhangaba

Se 2016 em Pindamonhangaba acabou com apreensão para servidores e moradores quanto às dificuldades da administração municipal, 2017 não começou diferente. Em uma turbulenta sessão, na última quinta-feira, os vereadores da cidade aprovaram a primeira fase da reforma administrativa que tenta colocar em ordem serviço municipal.

O pacote de medidas da gestão Isael Domingues (PR) foi anunciado no último domingo, durante a cerimônia de posse. O prefeito destacou que seria um primeiro passo, para que a Prefeitura pudesse funcionar e ainda garantir uma economia de até R$ 6 milhões. “É essencial. Sem ela, não podemos funcionar. Ficamos sem gestão”, ressaltou o prefeito.

Com a aprovação do projeto, a Prefeitura coloca em prática ações para organização da administração com a adequação de cargos, com destaques para comissionados, após determinação judicial, que deu prazo até abril para a Prefeitura. “Já houve um enxugamento dos cargos comissionados. Passamos de 302 cargos para pouco mais de oitenta. O ponto de partida é economizar, pois estamos em um período muito complicado”, destacou o vice-prefeito e secretário de Governo, Ricardo Piorino, presente à sessão, que apesar de iniciada às 10h, contou com um bom número de pessoas, que questionaram a votação.

Homem questiona votação de reforma em sessão turbulenta em Pinda (Francisco Assis)
Homem questiona votação  em sessão turbulenta em Pinda (Francisco Assis)

Com direitos a gritos e discussões entre o público, além de questionamentos aos vereadores que declararam voto, a Casa aprovou a proposta. Na tribuna, Rafael Goffi (PSDB), Professor Osvaldo (PR), Toninho da Farmácia (PSDB), Roderley Miotto (PSDB), Ronaldo Pipas (PR), Gislene Cardoso (DEM) cobraram uma revisão na proposta.

O pedido já foi acolhido pelo Executivo, e deve ser debatido a partir desta segunda-feira, com reuniões que devem contar com a participação dos vereadores. “Já nos colocamos à disposição sobre a revisão. Os pedidos apresentados são de adequações, e vamos ouvir todos. Temos de fazer essa revisão e dar espaço para todos, não só vereadores, como também a população”, salientou Piorino.

O secretário de Assuntos Jurídicos, Anderson Plínio da Silva Alves, frisou que sem a aprovação, a administração estaria paralisada para os primeiros atos do ano, em meio às crise no atendimento. “Não foi feito a toque de caixa, mas sim para que a Prefeitura ande. É a primeira vez que vejo um governo começar a trabalhar sem poder nomear o secretariado, tudo devido à essa decisão judicial que não permitia que o prefeito nomeasse os secretários. Por isso, pela prioridade, fizemos este projeto, é claro já com a noção de que teremos que fazer uma revisão mais para frente”, destacou

De acordo com a Prefeitura, além da revisão, a proposta para adequação da situação do Executivo já conta com expectativa para uma segunda reforma, prevista para meados de maio. “É importante esclarecer que além da economia, cerca de 70 % destes cargos serão preenchidos por servidores de carreira. Inclusive quatro secretarias, o mais alto escalão da administração, serão coordenadas por funcionários concursados”, ressaltou Isael.

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