Lorena regulariza terreno da Yakult após 17 anos de espera

Prefeitura pagou mais de R$ 1,8 milhão para área repassada pelo governo de Aloísio Vieira

O prefeito Fábio Marcondes e o presidente da Yakult Eishin Shimada em evento de assinatura para regularização de terreno doada em 1997 (Foto: Andreah Martins)
O prefeito Fábio Marcondes e o presidente da Yakult Eishin Shimada em evento de assinatura para regularização de terreno doada em 1997 (Foto: Andreah Martins)

Andreah Martins
Rafaela Lourenço
Lorena

A empresa japonesa Yakult recebeu a regularização do terreno, após 17 anos de espera. Na última sexta-feira, durante evento na unidade da multinacional, o presidente Eishin Shimada e o prefeito Fábio Marcondes (PSDB) corrigiram o erro burocrático que levou a empresa a atuar em situação de risco, desde 1999.

A doação do terreno foi feita pela Prefeitura em 1997, por meio da Lei Municipal nº 2.995/97. A empresa se instalou na área de 304 mil m² sem a conclusão do processo de desapropriação. Segundo Shimada, a unidade tinha a confiança de que a regularização seria feita. “Sabíamos que a Prefeitura ia realizar todos os trâmites necessários”.

Marcondes exaltou a medida que conseguiu concluir o processo após longo prazo de espera. “A satisfação é de poder, eu como prefeito, honrar um contrato assumido há 17 anos e dar um ponto final à essa situação em relação à Yakult, que tem um investimento que gera emprego, desenvolvimento e riqueza para a cidade, não ter a posse da propriedade”.

O secretário de Administração, Desenvolvimento Econômico e Turístico Gustavo Rodrigues destacou a aceleração dos trabalhos para o trâmite final. “Preferimos arcar com o custo para que outras empresas de porte da Yakult possam entender que o combinado, será cumprido”.

Aperto de mão que selou o acordo que regularizou área utilizada pela Yakult, desde 1997 (Foto: Andreah Martins)
Aperto de mão que selou o acordo que regularizou área utilizada pela Yakult, desde 1997 (Foto: Andreah Martins)

O valor pago pela Prefeitura foi de R$ 1.836 milhão. Segundo o prefeito, o gastos gerou um impacto direto nos cofres públicos. “Se esse terreno já tivesse regularizado e quitado nos seus prazos corretos, teríamos esse capital para investir em outras áreas como o desenvolvimento econômico, em segurança e saúde que tanto é cobrado da gente”, explicou Marcondes, que também adiantou outros pontos que foram resolvidos e possíveis planejamentos.

“Quitamos outra dívida, a do shopping que viria para a cidade (projeto que acabou cancelado após dificuldades dos proprietários em conseguir investidores). A Prefeitura comprou um terreno de oito alqueires, em frente à Eskelsen Pneus, na Via Dutra. Já temos um projeto preparado de lotes industriais. Se estivermos na administração, um futuro plano diretor para implantar indústrias de médio porte no local”.

Novos investimentos – A Yakult divulgou novos projetos em andamentos para o segundo semestre. No próximo dia 20, um novo produto será lançado. A empresa passará ainda por ampliação, prevista para o próximo mês. Quanto à geração de emprego, o gerente da empresa Antônio Henrique de Souza afirmou não ser tão expressivo. “Por ser uma ampliação, na quantidade de empregos, nós não vamos ter um número muito expressivo, mas aproximadamente de 20 a 30 empregos”.

Hoje, a empresa conta com 480 colaboradores. Cerca de 80%, moram em Lorena. A expansão inclui ainda o primeiro Centro de Distribuição do Vale do Paraíba, já que a empresa conta apenas com uma central, localizada na capital paulista.

Visitação – A multinacional oferece ainda a possibilidade de visitas escolares, grupos e associações em horário comercial, de segunda à sexta, por meio de agendamento.

Comil – A área da antiga fabricante de ônibus vem sendo alvo de empresas, que estariam interessadas em se instalar na cidade. A Prefeitura, com o apoio da Investe São Paulo (agência de promoção de investimentos e competitividade do Governo do Estado, ligada à secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciencia e Tecnologia), analisa propostas de indústrias ligadas ao ramo automobilístico. A identidade da interessada deve ser mantida em sigilo, devido à cláusula de confidencialidade exigida na negociação.

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