Dengue avança em Guará e Saúde amplia horário de atendimentos

Com mais de 1,3 mil casos confirmados, Município busca frear doença, enquanto registros aumentam no estado

Parte da estrutura montada em Guratinguetá para atendimento contra a dengue (Foto: Reprodução PMG)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

Guaratinguetá tem 1.380 casos confirmados de dengue apenas neste ano (últimos dados divulgados pela secretaria de Saúde). Um panorama que não é diferente de outros municípios do estado de São Paulo, e coloca a cidade no mapa da epidemia transmitida pelo mosquito Aedes aegipty. Para reforçar o combate, atendimentos exclusivos a casos suspeitos ou confirmados foram ampliados na UBS Oswaldo Cruz, que funciona como referência instalada para suportar os pacientes, das 7h às 18h, no Centro.

O ambulatório, aberto neste ano para desafogar os atendimentos na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), funciona como porta de entrada para pacientes com suspeita de dengue. Em casos graves da doença, há o direcionamento para a UPA. É recomendado que em caso de sintomas apresentados, a pessoa procure imediatamente o atendimento na UBS Oswaldo Cruz, de segunda à sexta-feira, das 7h às 18h, ou aos fins de semana na própria Unidade de Pronto Atendimento.

Irene Antunes Garcia, de 32 anos, sentiu na pele os efeitos da doença no mês passado. Os primeiros sintomas apareceram no dia 14 de fevereiro, começando pelo cansaço. Ela já sentiu muitas dores nas articulações, nos pés, mãos e pescoço e, no mesmo dia, teve febre de quase 39 graus.

Irene procurou por atendimento a noite. “A médica me passou soro com dipirona e plasil no hospital. Depois me liberou com recomendação para que eu tomasse sete litros de água por dia em casa e me receitou dipirona, em caso de febre, e outro medicamento em caso de enjoo”.

Ela passou por atendimento em hospital particular na cidade. Após a confirmação da doença, precisou iniciar o tratamento nos dias seguintes. “Em casa nos dias dia 15, 16, 17 eu praticamente eu só dormi. Sentia muita fraqueza, não sentia fome e tinha um gosto adocicado na boca, que podia ser sinal da alteração do fígado”, recordou a paciente, que também confirmou ter sentido tontura, queda de pressão arterial e uma forte pressão no ouvido. Ela só teve alta médica no dia 29.

Casos como o de Irene se espalham não apenas por Guaratinguetá, mas por todo o estado. São mais de 480 mil casos notificados, com 189 mil confirmações e 286 mil casos prováveis. Outros 97 mil permanecem em investigação e 193 mil foram descartados, de acordo com a Divisão de Dengue do Estado de São Paulo.

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