Cachoeira tenta reduzir problemas em bairro afetado por queda de ponte

Prefeitura implanta ponto provisório de travessia e fornece ônibus para moradores do Turma 26; Defesa Civil Estadual analisa complexidade do caso

Ponto provisório de passagem implantado no acesso ao bairro Turma 26, após queda da ponte, em Cachoeira (Foto: Reprodução PMCP)

Da Redação
Cachoeira Paulista

Para amenizar os transtornos causados pela queda da ponte de acesso ao bairro Turma 26, a Prefeitura de Cachoeira Paulista concluiu no último dia 25, a implantação de um ponto provisório de passagem. Enquanto aguarda a conclusão de um estudo da Defesa Civil Estadual, o Executivo disponibiliza ônibus gratuito para que os moradores consigam entrar e sair no bairro por outro trajeto.

Em nota oficial, a Prefeitura confirmou a implantação de uma ponte de madeira no mesmo local em que a de concreto desabou após uma tempestade no último dia 19. A estrutura provisória foi construída por meio de uma parceria entre a Prefeitura, o Corpo de Bombeiros e as empresas VSA (Vale Soluções Ambientais) e Grupo Lara e Lara. Apesar de permitida no local a travessia de pedestres, ciclistas e motociclistas, o Município, temendo uma nova queda, proíbiu a passagem de carros, caminhões e ônibus. Dessa maneira, os moradores que possuem carro ou que dependem do transporte público seguem obrigados a utilizarem uma rota alternativa e bem mais longa, pelo bairro vizinho Embauzinho, para se deslocarem até a região central da cidade.

Buscando contribuir com as famílias afetadas, a Prefeitura desde a última terça-feira (24) disponibiliza, gratuitamente, transporte coletivo até o Centro. Diariamente, nos horários das 7h30 e 11h30, o micro-ônibus faz o embarque dos passageiros em frente à Quadra Poliesportiva Turma 26 e ao ESF (Estratégia de Saúde da Família) do Embauzinho.

Já os pontos de desembarque ficam próximos à Santa Casa, Quadra Coberta, Mercado Municipal, Garagem Municipal e Rodoviária Velha. Para retornarem ao bairro, os moradores têm as opções de pegar o micro-ônibus às 11h ou às 17h, em frente à Garagem Municipal.

De acordo com o Executivo, o prefeito Antônio Carlos Mineiro (MDB) mantém tratativas com o Governo do Estado em busca de apoio técnico e financeiro para a reconstrução da ponte. Na última terça-feira (24), o diretor da Defesa Civil Estadual, tenente-coronel Rinaldo Monteiro, e sua equipe promoveram uma vistoria no local afetado. Segundo o Executivo, na ocasião foi definido que o setor de engenharia do órgão estadual iniciará na próxima segunda-feira (30) a elaboração de um relatório técnico que apontará as especificidades da situação e auxiliará na definição do projeto de implantação de uma nova estrutura, que ainda segue sem previsão para ser efetuada.

A queda da ponte vem gerando transtornos diários para grande parte dos quase dois mil moradores do Turma 26. Um deles é o professor, Francisco de Souza Pereira, 52 anos, que enfrenta dificuldades para ir e voltar do trabalho em Lorena. Já que não pode passar com seu carro pelo ponto provisório de travessia, o educador é obrigado a recorrer à rota pelo Embauzinho. “Tive um considerável aumento de despesa com gasolina, em três dias gastei o que gastava em uma semana. Muitos outros moradores estão com o mesmo problema porque também trabalham fora e acabam sendo forçados a irem pelo caminho mais longo. A ponte provisória é muito importante e ajudou muita gente, mas o pessoal que tem carro está tendo dificuldades. Seria interessante se a Prefeitura conseguisse colocar uma ponte provisória que aguentasse carro também, isso ajudaria muitos trabalhadores”.

 O morador enalteceu a atitude da Prefeitura de ceder transporte coletivo gratuito às famílias do bairro, porém apresentou sugestões para que a ação se torne mais assertiva. “Poucos conseguem usar o micro-ônibus porque ele sai 7h30 do bairro, mas o povo tem que estar no serviço antes desse horário. Seria melhor se a Prefeitura colocasse o primeiro saindo às 6h, aí o pessoal conseguiria entrar no trabalho entre as 7h e as 8h. Outro problema é o local de embarque, o micro-ônibus está saindo de perto do ESF que fica a mais de dois quilômetros da ponte que caiu, o que obriga os moradores a andarem bastante e impossibilita a maioria dos idosos de utilizá-lo. Seria melhor se o motorista pegasse os passageiros perto da ponte e passasse por todo o bairro até sair no Embauzinho”.

Procurada pela reportagem do Jornal Atos para responder os apontamentos feitos pelo morador entrevistado, a Prefeitura de Cachoeira informou que aguardará a emissão do relatório técnico da Defesa Civil Estadual para tomar novas providências no local, inclusive alterações que possam viabilizar a passagem de carros pela ponte provisória.

Em relação ao primeiro horário de saída do micro-ônibus, o Executivo informou que poderá estudar junto à população mudanças. Já sobre o ponto de embarque, o Município informou que não haverá alteração, pois o local atual é o único que permite o micro-ônibus realizar a manobra necessária para acessar o bairro.

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