Aparecida é destaque em mapa federal do turismo

Com Frei Galvão, Guará fica no grupo B; região é destacada por localização e característica variada

Romeiros caminham pela Avenida Monumental, umas das vias de acesso ao Santuário Nacional, principal ponto do turismo religioso (Arquivo Atos)
Romeiros caminham pela Avenida Monumental, umas das vias de acesso ao Santuário Nacional, principal ponto do turismo religioso (Arquivo Atos)

Da Redação
Região

Um trabalho do Governo Federal fez um prognóstico do turismo no país. O Mapa do Ministério do Turismo avaliou os municípios com maior potencial turístico, que foram divididos em cinco grupos. Na região, destaque ficou com Aparecida, que faz parte do grupo A.
Além da capital católica, cidades como Campos do Jordão, São Sebastião e Ubatuba também estão na elite do mapa, que conta com 51 municípios.
Outras cidades do Vale do Paraíba fazem parte do mapa. No grupo B São José, Taubaté, Caraguatatuba e Ilhabela.
Uma das estâncias turísticas da região, contando com o circuito de Frei Galvão, o primeiro santo da Igreja Católica no Brasil, Guaratinguetá ficou no grupo C da avaliação federal, ao lado de Jacareí, São Luís do Paraitinga e Cunha. Três pequenos municípios da região ficaram no grupo E (Potim, Canas e Lavrinhas).
Além de projetos dos municípios, a localização também foi essencial para a classificação das cidades. A RMVale foi destacada no mapa, sendo apontada como uma área com potencial turístico variado, contando com praias, a Serra, ponto geográfico privilegiado (entre São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), além dos pontos de peregrinação de romeiros, com a comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista, o circuito de Frei Galvão, o Santuário Nacional de Aparecida e a sede da Renovação Carismática, que está sendo construída em Canas.
Principal foco do turismo na região, Aparecida recebeu 12 milhões de romeiros em 2015. Nem mesmo a leve queda de 1% no volume de visitantes no final do ano conseguiu abalar o crescimento médio de 32% na última década.
Neste período, o Santuário investiu na estrutura e atrações como o Centro de Apoio aos Romeiros, um hotel e o teleférico, que liga a Basílica ao Morro do Cruzeiro passando sobre a rodovia Presidente Dutra.
Mas a necessidade é maior na infraestrutura da cidade, de 35 mil habitantes. O município chega a atingir mais de 250 mil visitantes em datas religiosas e fins de semana, e enfrenta problemas para atender a demanda.
Atual presidente do Codivap Turismo, órgão do Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira, que debate investimentos e diretrizes do setor, Gislene Cardoso lembra que a maior dificuldade é reunir os secretários de turismo para discutir as necessidades da região. “Tínhamos planos para trabalhar, fizemos visitas técnicas em algumas cidades, mas não conseguimos a participação necessária. Tem cidade que não tem nem pasta de Turismo”, destacou.
Além dos municípios, Gislene, que ocupa também cardo de diretora de Turismo em Pindamonhangaba e que deixa o Codivap Turismo no próximo dia 14, lembra da necessidade de atenção dos governos estadual e federal para a realidade na região. “Os municípios têm de se prepararem, mas o Estado e o Governo Federal deveriam ouvir mais as prefeituras. Isso dificulta até mesmo para definir esse mapa”.

Compartilhar é se importar!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como posso te ajudar?