Despejo irregular de lixo e entulhos prejudica ações de combate a alagamentos em Lorena

Cidade registra aumento de entupimento no sistema de escoamento; Prefeitura pede apoio da população

Lixo amontoado em esquina no Cidade Industrial virou cena corriqueira; Prefeitura cobra consciência (Foto: Lucas Barbosa)
Lixo amontoado em esquina no Cidade Industrial virou cena corriqueira; Prefeitura cobra consciência (Foto: Lucas Barbosa)

Lucas Barbosa
Lorena

Historicamente afetada por inundações e alagamentos, Lorena convive nos últimos meses com outro fator que tem resultado em problemas no sistema de escoamento de águas pluviais: o aumento do descarte irregular de lixo doméstico e entulhos. Na última semana, um trecho do Santa Edwiges  alagou após bueiros e bocas de lobo serem tampadas por resíduos sólidos.

De acordo com o secretário de Serviços Municipais, Agricultura e Desenvolvimento Rural, Nelson Bittencourt, desde 2013 o Munícipio realiza uma programação ininterrupta de desobstrução no sistema de captação de águas pluviais.

Mas desde o início do segundo semestre de 2017, o trabalho das equipes da pasta esbarra na falta de conscientização da população. “Infelizmente nossas ações são prejudicadas por indivíduos que insistem em descartar irregularmente lixo doméstico, entulhos e até mesmo poda de árvores. Além deste caso no Santa Edwiges, que alguém colocou sacos de lixo em cima do bueiro, constantemente temos problemas semelhantes no Cabelinha, Cecap e Parque das Rodovias”.

Além de ressaltar que é crime despejar resíduos sólidos em terrenos públicos e particulares, o chefe da pasta orientou a população a colocar os lixos na rua somente nos dias em que passa o caminhão da coleta no bairro, evitando que os resíduos sejam arrastados por chuvas, resultando no entupimento de bueiros e bocas de lobo.

“Recentemente tivemos um entupimento na rua 21 de Abril, no Centro, causado por sacolas com lixo doméstico. Outro problema recorrente é o despejo de entulhos em terrenos baldios, que também acabam obstruindo a passagem da água. Precisamos da colaboração da população, pois senão as nossas ações acabam não surtindo o efeito esperado”.

Rotina – Moradora da Cidade Industrial há mais de três décadas, a dona de casa Marlene de Souza, 57 anos, é obrigada a conviver com os transtornos causados pelo despejo irregular de resíduos sólidos em um terreno entre as ruas São Paulo e Tiradentes. “Quem faz essa sujeira aqui são moradores de bairros vizinhos que acham que esse terreno é o lixão deles. Quando chove, essa sujeira fica boiando na rua e entupindo os bueiros. O caminhão da Prefeitura limpou aqui na semana retrasada, mas já está tudo sujo de novo”, lamentou a dona de casa.

Para o eletricista Donizete de Oliveira, 42 anos, já passou a hora da população aumentar o seu grau de participação na manutenção da limpeza urbana. “Não é só no Industrial que acontece isso, tenho família na Cabelinha e lá tem um terreno conhecido como Piri, que não adianta a Prefeitura limpar porque no dia seguinte já está tudo sujo de novo. O povo tem que entender que é ele o mais prejudicado por essa falta de educação”.

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