Região tem a segunda maior taxa de contaminação de Covid-19 no estado

Pesquisa realizada em parceria entre USP e Unesp aponta situação preocupante sobre o avanço do novo coronavírus; estudo projeta avanço da doença até dezembro

Leitos do PA de Lorena; estudo mostra alta em contaminações pelo novo coronavírus (Foto: Marcelo A. dos Santos)

Lucas Barbosa
RMVale

Elaborado através de uma parceria entre as duas principais universidades paulistas, um estudo divulgado no último dia 24, revelou que a RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) possuí a segunda maior taxa de transmissão pelo novo coronavírus (Covid-19) do estado. Com cerca de 58 mil moradores infectados, a região atinge a preocupante marca de quase 1,4 mil mortes e voltou para a fase amarela, em anuncio feito pelo Estado, nesta segunda-feira (30).

Produzido por USP (Universidade de São Paulo) e Unesp (Universidade Estadual Paulista), o trabalho técnico apontou que a RMVale tem uma taxa de disseminação de 1,84, representando que a cada cem pessoas infectadas a doença é transmitida para outras 184.

A metodologia do estudo levou em conta os dados fornecidos desde março pelas Prefeituras, referentes aos números de casos confirmados de Covid-19, óbitos e de recuperados. Na sequência, o índice de transmissão foi calculado pelos pesquisadores através da submissão das estatísticas a um modelo de base matemática especial.

No ranking das taxas de contágio nas 15 áreas paulistas, a RMVale fica atrás apenas da região de Presidente Prudente, que alcançou o índice de 1,96. Na sequência, aparecem no levantamento: Grande São Paulo Sudeste (1,74), Sorocaba (1,72), Grande São Paulo Oeste (1,68), São José do Rio Preto (1,65), Campinas (1,64), Capital (1,55), Ribeirão Preto (1,50), Grande São Paulo Leste (1,48), Baixada Santista (1,31), Bauru (1,27) , Araraquara (1,15), Grande São Paulo Sudoeste (1,11) e Grande São Paulo Norte (1,09).

Para a preocupação das autoridades de Saúde da RMVale, a pesquisa revelou também que está em fase crescente os casos de contaminação pelo novo coronavírus na região. A projeção dos pesquisadores é que a taxa de disseminação tivesse um salto de 1,84 para 2,31 nesta terça-feira (1), simbolizando que a cada cem moradores infectados a doença será transmitida para outros 231.

 

 

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