Em epidemia de dengue, cidades do Litoral reforçam sistema de saúde
Caraguá amplia em 76% o número de médicos em três unidades; Ubatuba cria centro de atendimento exclusivo a vítimas da doença
Lucas Oliveira
RMVale
Preocupadas com o aumento de casos de dengue, as prefeituras de Caraguatatuba e Ubatuba anunciaram nesta semana mudanças no sistema de Saúde. Enquanto a primeira cidade ampliou o número de médicos, a outra criou um centro de atendimento exclusivo às vítimas da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Contabilizando 3.497 contaminados e três mortos pela dengue neste ano, Ubatuba conta desde a última quarta-feira (17) com o Cade (Centro de Atendimento à Dengue), implantado de forma anexa na UBS (Unidade Básica de Saúde) Cícero Gomes, que fica na região central da cidade. Com a expectativa de atender diariamente cem pacientes, o setor funciona todos os dias da semana, das 8h às 17h.
Em nota oficial, a Prefeitura revelou que a criação do centro de atendimento exclusivo a casos suspeitos e confirmados de dengue tem como objetivo desafogar a demanda na Santa Casa, ESF´s (Estratégia de Saúde da Família) e UBS´s (Unidades Básicas de Saúde). O Executivo ressaltou ainda que o Cade funcionará por tempo indeterminado.
Já em Caraguá, que registra 2.375 casos da doença, a Prefeitura na última quarta-feira (17) ampliou em 76% o número de médicos que atuam nas três UPA´s (Unidades de Pronto Atendimento) da cidade. O contingente de profissionais contratados saltou de 17 para 30.
Outra melhoria foi a implantação na UPA Central de uma ala de hidratação para pacientes diagnosticados com dengue e de outra destinada ao atendimento de crianças vítimas da doença. “Todas as medidas são necessárias para garantir o acolhimento e conforto aos pacientes, além de agilizar o atendimento e diminuir o tempo de permanência dos pacientes nos setores de emergência. Vivemos uma epidemia de dengue e esperamos que essa demanda diminua em maio”, explicou o prefeito de Caraguá, Aguilar Junior (PL).