Câmara de Cachoeira vota na segunda relatório de nova CPI contra Mineiro

Prefeito é acusado de omissão em caso de sumiço de R$ 60 mil de seu gabinete e questiona falta de investigações em casos anteriores

O prefeito de Cachoeira Paulista, Antônio Carlos Mineiro em entrevista para o Atos na Rádio (Foto: Bruna Viana)

Andréa Moroni
Cachoeira Paulista

A Câmara de Cachoeira Paulista vota, na próxima segunda-feira (22), o relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que investigou o sumiço de R$ 60 mil de dentro de um cofre, no gabinete do prefeito Antônio Carlos Mineiro (Avante), em fevereiro de 2022. A sessão ordinária será realizada às 19h.

A CPI foi criada em janeiro desse ano, depois de denúncia apresentada pelo empresário Rodolfo Fernando Ribeiro pela prática de “infração político-administrativa” no caso do sumiço do dinheiro. O autor é o mesmo que pediu, no ano passado, a abertura de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) contra Mineiro no caso da reconstrução da ponte da Turma 26, que caiu em janeiro de 2023 após o município ser atingido por uma forte chuva (denúncia que levou ao afastamento do chefe do Executivo, que acabou voltando 36 horas depois, por decisão judicial).

A comissão é formada pelos vereadores Rogéria Lucas (presidente- PODE), Agenor do Todico (relator – PL) e Max Barros (membro – PL). O relatório entregue ao presidente da Câmara, Léo Fênix (PL), aponta que, com base nos depoimentos de funcionários da Prefeitura, Polícia Civil e do próprio prefeito, concluiu-se pela procedência da acusação.

No texto, o relator afirma que foi “confirmada conduta omissiva, descaso e displicência do gestor municipal em cumprir um dever legal. Assim, fica configurada a responsabilidade, vez que houve omissão diante do dever legal de impedir a ocorrência do dano causado à população 9trecho do relatório)”.

Mineiro disse, durante entrevista ao Atos no Rádio, que a polícia continua investigando o sumiço do dinheiro, o que acontece em segredo de justiça. “A minha parte eu fiz nesse caso, chamei a polícia e instaurei um processo administrativo na Prefeitura”.

O prefeito questionou o objetivo dessa comissão já que a polícia ainda não encerrou o inquérito. “Faço tudo dentro da legalidade. Claro que pode dar um erro em alguma coisa, mas eles sempre são corrigidos. Eu não sou corrupto”.

Entenda o caso – O valor de R$ 60 mil chegou à Prefeitura em 14 de janeiro de 2022, resultado de uma ação judicial, e guardado em um cofre no gabinete. No dia 9 de fevereiro do mesmo ano, o dinheiro seria usado para um pagamento, mas não foi encontrado. A polícia foi chamada e um boletim de ocorrência foi registrado. A polícia civil continua investigando o caso.

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