Polícia Civil cobra medidas imediatas contra os riscos estruturais do Riverside, em Guará

Prédio gera receio de colapso após meses de apuração; Prefeitura, Defesa Civil e Câmara recebem laudo

O prédio Riverside é alvo de uma investigação da Polícia Civil pela Delegacia Seccional de Guaratinguetá (Foto: Fabiana Cugolo)

Fabiana Cugolo
Guaratinguetá

Localizado em bairro de classe média alta em Guaratinguetá, o prédio Riverside é alvo de uma investigação da Polícia Civil, pela Delegacia Seccional da cidade. Nesta semana, um despacho do delegado assistente da Seccional, Francisco Sannini, solicitando informações sobre medidas no edifício da Vila Paraíba, deu ares de urgência às condições do local.

As medidas cobradas por Sannini focam ações a serem tomadas imediatamente para neutralização de risco de colapso do edifício. O prédio segue desocupado desde maio de 2022, após determinação da Defesa Civil do município. A rua Ana Marcondes de Moura, lateral ao prédio, também segue interditada.

De acordo com o documento da Polícia Civil, os peritos do Instituto de Criminalística concluíram, no último dia 23, que vestígios encontrados no prédio são compatíveis com o relatório técnico da empresa Falcão Bauer e com as conclusões do Caex (Centro de Apoio à Execução) do Ministério Público de São Paulo, que indicam que a estrutura apresenta grandes deficiências, risco real de ruína e grau de risco crítico.

“…Nos termos do Laudo Pericial juntado aos autos em 23.06.2023, os peritos do Instituto de Criminalística concluíram que os vestígios encontrados no prédio eram compatíveis com os laudos e relatórios técnicos já formalizados, destacando a existência de risco concreto de colapso, sobretudo porque até a data vistoria não havia qualquer procedimento de reforço estrutural em andamento… (trecho do despacho)”.

A Polícia Civil encaminhou a solicitação à Prefeitura, Defesa Civil, condomínio e empresa responsável pela edificação. O documento, que pede informações sobre medidas imediatas a serem tomadas, destaca também que a inércia de ações dos representantes legais “servirá de reforço para a comprovação da materialidade do crime”.

O documento também foi encaminhado à Câmara para que os vereadores fiquem cientes da situação e auxiliem na fiscalização.

A reportagem do Jornal Atos buscou contato com a Prefeitura de Guaratinguetá, que informou que deve responder à solicitação da Polícia Civil oficialmente, para que assim, posteriormente, divulgue informações à imprensa.

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