Com posição estratégica, Vale do Paraíba recebe investimentos da MRS
Região é responsável por 10% do total de carga transportada na malha ferroviária; ações têm foco na segurança e interação com a comunidade
Juliana Aguilera
Região
Foram investidos, nos últimos cinco anos, cerca de R$450 milhões no Estado de São Paulo, incluindo o novo trecho do ramal que liga o Vale à Baixada Santista.
O gerente geral de comunicação, Marcelo Kanhan, explicou que os investimentos em ferrovia são a longo prazo, com obras que chegam a durar um ano e meio. Na região, as ações têm dado frutos. “A Segregação Leste é um trecho que foi feito do ramal do Vale do Paraíba para a Baixada Santista e evita que o trem entre na Região Metropolitana de São Paulo. Isso facilita uma maior segurança, transporte mais rápido e, consequentemente, mais barato”.
“Queremos abordar o empresariado da região e apresentar o trem containers como uma solução mais barata, confiável e previsível para a logística deles”, afirmou Kanhan, sobre o plano da empresa em buscar novos clientes e ampliar o número de cargas transportadas.
Segundo o gerente, além de uma capacidade de transporte superior, comparado à malha rodoviária, o custo da carga também é menor. “Depende muito do tipo e da rota, mas em geral, o transporte fica 15% a 20% mais barato que o por rodovia”.
Outra vantagem reforçada pela MRS é o menor impacto ambiental (sete vezes menos poluentes) e a segurança. Nos últimos anos o número de cargas roubadas foi zerado.
Comunidade – A MRS Logística investe também em trabalhos de conscientização com moradores da região que vivem perto da malha ferroviária. “O trecho do Vale do Paraíba é praticamente uma conurbação urbana (extensa área urbana formada por cidades e vilarejos). Isso gera a necessidade da gente ter um relacionamento com quem mora ali, para conscientizar as pessoas dos cuidados necessários”, explicou Kanhan.
A MRS fechou, em abril e maio, parceria com as secretarias da Educação de Guaratinguetá e Aparecida para a ação de conscientização com crianças de escolas municipais.
O gerente da empresa destacou que os acidentes acontecem majoritariamente pelo descuido da população. “Uma grande dificuldade da ferrovia é o peso do trem. Por ser muito pesado, mesmo que o maquinista acione todos os freios de emergência, em qualquer anormalidade, o trem vai deslizar por mais mil metros”.