Doria prorroga quarentena até dia 22 e veta retomada de atividades no estado

Governo destaca que medida pode evitar mais de 160 mil mortes pelo novo coronavírus nos 645 municípios paulistas

João Doria que anunciou um novo prazo para a quarentena; serviços não essenciais estão parados até o próximo dia 22 (Foto: GESP)

Da Redação
RMVale

Em uma medida aguardada desde a última semana, o governador do Estado, João Doria (PSDB) prorrogou por mais 15 dias a quarentena nos 645 municípios paulistas até o próximo dia 22. Para definir o novo prazo, o tucano se reuniu com um grupo de 15 médicos do Centro de Contingência do novo coronavírus, quando soube que a Covid-19 já havia atingido cem cidades.

Ainda na reunião, segundo o Estado, foi destacada que mais de quatrocentos hospitais públicos e privados são utilizados no combate à doença.

Ao anunciar a medida, Doria frisou que a condição de manter serviços não essenciais paralisados é o melhor caminho para evitar um avanço ainda maior da Covid-19. “A prorrogação da quarentena será feita por mais 15 dias, do dia 8 até o dia 22 de abril, em todo o estado e pelas razões que foram largamente expostas por cientistas, médicos e especialistas. Prefeitas e prefeitos terão o dever e a obrigação de seguir a orientação do Governo do Estado. Isto é constitucional, não é uma deliberação que pode ou não ser seguida”, determinou.

O Estado lembrou que projeções apontam que prolongar o distanciamento social pode evitar mais de 166 mil mortes nas cidades paulistas, conforme projeção do Instituto Butantan, centro de pesquisas biomédicas vinculado à secretaria de Estado da Saúde. Na última semana, o governo chegou a projetar, durante coletiva à imprensa, que São Paulo chegaria a 250 mil contaminações nos próximos meses.

“Nenhuma aglomeração de nenhuma espécie em nenhuma cidade de São Paulo será admitida. As guardas municipais ou metropolitanas deverão agir e, se necessário, recorrer à Polícia Militar para que imediatamente possa haver a dissipação de qualquer movimento ou aglomeração de pessoas”, destacou Doria, lembrando ainda que a deliberação deve ser rigorosamente seguida pela população paulista, mantendo os serviços considerados essenciais em funcionamento.

Números – O governo João Doria divulgou que “o número de mortes pela Covid-19 entre 17 de março e 5 de abril já é quase igual ao total de óbitos por gripe registrados ao longo de todo o ano passado. As internações de pacientes com a confirmação da doença em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) cresceram 1.500% desde 20 de março, passando de 33 para 524, no último dia 3. As mortes subiram 180% em uma semana”.

A ação no Estado, que segue orientação da OMS (Organização Mundial da Saúde), da Opas (Organização Pan-americana de Saúde), do Ministério da Saúde e do Centro de Contingência do coronavírus de São Paulo, tem o apoio da maior parte da população paulista. É o que destaca uma pesquisa realizada pelo Datafolha, divulgada nesta segunda-feira, apontando que pelo menos 76% dos brasileiros defende o isolamento social em ação para evitar a proliferação da Covid-19.

São Paulo chegou a essa segunda-feira com 4.620 casos de novo coronavírus, com pessoas atendidas em mais de quatrocentos hospitais entre particulares e públicos. Foram 275 mortes.

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