Doria proíbe reabertura de mais ramos comerciais e mantém região na fase 2

Decisão é motivada por aumento de internações e mortes por Covid-19 nas cidades da RMVale; flexibilização pode regredir se pandemia se agravar

Governador João Doria em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira; RMVale segue em fase 2 “laranja” (Foto: Reprodução GESP)

Lucas Barbosa
RMVale

O governador Joao Doria (PSDB) anunciou no início da tarde desta quarta-feira (10) que não permitirá a reabertura de novas atividades econômicas na RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) até o próximo dia 28. De acordo com o chefe do Executivo, a medida, que mantém a região na fase 2 “Laranja” do Plano São Paulo, foi motivada pelo aumento dos números de internações e mortes causadas pelo novo coronavírus (Covid-19).
Durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, Doria revelou a manutenção da RMVale na “Fase Laranja”, que determinou no último dia 1 medidas de flexibilização econômica no estado, permitindo, além de serviços essenciais, o funcionamento apenas de concessionárias de veículos, escritórios, imobiliárias, lojas de comércio em geral e shoppings. Além de ações de prevenção, como a obrigatoriedade do uso de mascaras pelos funcionários e clientes, os estabelecimentos podem funcionar apenas quatro horas diárias e permitirem um fluxo simultâneo de pessoas de até 20% de sua capacidade de lotação, estipulada no AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros).
Questionado pela imprensa regional sobre os motivos que o levaram a impedir o avanço da abertura gradual dos ramos comerciais na RMVale, Doria atribuiu sua decisão ao crescimento na última semana de óbitos e internações de pacientes vitimas da pandemia.
O tucano revelou ainda que caso a região apresente uma piora em seu cenário na próxima semana, ela poderá regredir para a “Fase Vermelha”, sendo autorizados a abrirem suas portas apenas os estabelecimentos considerados essenciais e dos ramos industrial e da construção civil.
A cores (fases) de flexibilização são definidas a partir de critérios como: taxa de ocupação de leitos a cada cem mil habitantes, número de mortes e de internações causadas pelo coronavírus.
Os indicadores de saúde das 17 regiões de São Paulo são avaliados semanalmente pelo Estado, que em caso de melhora as autorizam avançarem para a fase seguinte em 14 dias. Em contrapartida, se os índices negativos se agravarem, as regiões são obrigadas a regredirem uma fase em 7 dias.
Contraponto – Em matéria publicada pelo Jornal Atos na última terça-feira (9), a vice-prefeita de Lorena, Marietta Bartelega (DEM), demonstrou preocupação com a regra estadual que define o funcionamento do comércio regional por apena quatro horas diárias. Classificando a medida como um “tiro no pé”, Marietta afirmou a decisão contribuiu para que a população se aglomere na porta dos estabelecimentos devido ao horário reduzido de funcionamento.

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