Levantamento aponta risco de epidemia de dengue em Pinda

Larvas são encontradas em sete de cem imóveis; Prefeitura pede apoio da população para evitar epidemia

Funcionários da Prefeitura em trabalho de vistoria para descobrir criadouros do Aedes aegypti; Pinda faz alerta após laudo em 2017 (Foto: Arquivo Atos)
Funcionários da Prefeitura em vistoria para descobrir criadouros do Aedes aegypti; Pinda faz alerta após laudo (Foto: Arquivo Atos)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Enquanto toda região tem atenção redobrada com a febre amarela, um levantamento divulgado pela Prefeitura de Pindamonhangaba, na última terça-feira, apontou que o município corre o risco de sofrer uma epidemia de dengue em 2018.

O resultado da ADL (Análise de Densidade Larvária) revelou que de cada cem casas vistoriadas, sete contavam com larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Segundo o diretor do departamento de Proteção aos Riscos e Agravos à Saúde, Rafael Lamana, a ADL realizada no início de janeiro, mostrou que a cidade obteve 6.5 pontos no Índice de Breteau (indicador que aponta a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento encontrados nas habitações humanas). O dado é alarmante, já que de acordo com Ministério da Saúde, acima de 1.5 já existe risco de epidemia. “A maioria das larvas do mosquito foi encontrada na área central do município, mais especificamente nos bairros do Crispim, Andrade e Boa Vista. Além de vasos e ralos, achamos muitas larvas nas plantas bromélias”.

Além de revelar que em 2018 já foi registrado um caso de dengue em Pinda, Lamana ressaltou a importância da colaboração da população para a redução do risco de uma epidemia da doença. “Estamos constantemente vistoriando todos os imóveis da cidade, buscando conscientizar os moradores sobre a necessidade de mudarem de atitude. O resultado desta ADL foi muito preocupante, e agora mais do que nunca precisamos do apoio da população para reverter este quadro”.

Histórico – Ao registrar 37 casos de dengue em 2017, Pindamonhangaba quebrou uma sequência de três anos consecutivos de epidemia da doença.
Em 2014, mais de três mil moradores foram infectados. No ano seguinte, o número de casos ultrapassou trezentos casos. Em 2016, o problema se repetiu, sendo contabilizados 409 ocorrências.

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