Lorena registra três novos casos do ‘Golpe da UTI”
Lucas Barbosa
Lorena
Após fazer vítimas em Pindamonhangaba e outras cidades do Estado, uma quadrilha de estelionatários tentou na última semana aplicar golpes em três famílias de pacientes internados na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) da Santa Casa de Lorena. Um boletim de ocorrência foi registrado, e agora a Polícia Civil busca identificar os criminosos.
A Santa Casa de Lorena revelou em nota oficial que na última semana de março, familiares de três pacientes internados receberam ligações de criminosos que tentaram se passar por médicos e funcionários do hospital.
No final de janeiro, o delegado titular do 1º Distrito Policial de Pindamonhangaba, Vicente Lagioto, afirmou ao Jornal Atos que moradores do município foram vítimas do ‘Golpe da UTI’.
De acordo com o delegado, os criminosos, se passando por médicos, solicitam informações de pacientes internados na UTI. Na sequência, ligam para os parentes dos pacientes, fingindo serem funcionários do hospital, cobrando uma quantia em dinheiro para a realização de um procedimento médico ou exame. Em fevereiro, estelionatários tentaram aplicar o golpe na família de um idoso de 75 anos que estava internado na UTI de Lorena. A filha do idoso revelou que alguém a telefonou se passando por médico, pedindo que fosse depositado R$ 1,5 mil para a realização de um exame de tomografia. Ao dizer que preferia levar o dinheiro ao consultório, o ‘falso médico’ se irritou e cobrou que o dinheiro fosse depositado numa determinada conta bancária.
Mas o marido da vítima, que havia lido sobre o caso numa matéria do Jornal Atos, percebeu que esposa estava caindo no ‘Golpe da UTI”. A mulher não efetuou o pagamento e registrou um boletim de ocorrência.
Novos casos – Após revelar que registrou boletim de ocorrência sobre novos três casos registrados no final de março, a Santa Casa de Lorena ressaltou em nota que ‘não faz contato telefônico direto com familiares de pacientes internados para solicitar depósitos de procedimentos que serão realizados’.
A instituição alertou ainda que caso algum familiar ou acompanhante receba uma ligação de pessoas que se dizem ser do hospital para tratar desses assuntos, não faça qualquer movimentação financeira e acione imediatamente a Polícia.
A identidade das vítimas, foi preservada pelo hospital. Após o registro dos casos, a Polícia Civil iniciou uma investigação na última semana para tentar localizar os criminosos. O Jornal Atos tentou entrar em contato com o delegado responsável pelo caso, mas até o fechamento desta edição ele não foi localizado.
