População reprova e Câmara nega aumento de vereadores em Guará
Câmara enfrenta especulação por aumento, que ronda Legislativo desde o ano passado
Leandro Oliveira
Guaratinguetá
Um assunto que sempre gera discussões em Guaratinguetá voltou à pauta nas últimas semanas: o possível aumento do número de vereadores. A cidade, que já teve 19 parlamentares em 2000, conta com 11 cadeiras no Câmara desde de 2004. No ano passado, o assunto voltou a ser discutido extraoficialmente, mas, oficialmente, quando questionados, alguns parlamentares preferiram não responder.
Nos bastidores do Legislativo, números como 17 ou 19 estariam sendo debatidos como possível metas na Casa. Presidente da Câmara, Marcelo Coutinho, o Celão (PSD), negou que haja interesse em aumentar o número de parlamentares. “Além do cargo do vereador, outras despesas são agregadas à essa situação. Assessor, gabinete, entram despesas da Casa como gasolina, motorista”, lembrou o vereador, que afirmou que com a hipótese do aumento, as negociações entre Legislativo e Executivo seriam prejudicadas.
Celão confirmou que em 2018 houve uma conversa inicial entre parlamentares sobre essa possibilidade. “A última vez que ouvi essa discussão foi no começo do ano passado. Posterior a isso houveram algumas falas de vereadores à imprensa e todos se demonstraram contrários”, concluiu.
O presidente da Câmara confirmou que manterá a postura contrária a qualquer proposta que defenda o aumento do número de vereadores até o fim de seu mandato, em 31 de dezembro de 2020.
No Executivo, o prefeito Marcus Soliva (PSB) também rejeitou a proposta. Em entrevista ao Jornal Atos, ele frisou que acredita que os vereadores podem realizar um bom trabalho, independentemente do número de cadeiras. “Eu acho que a Câmara tem um valor bem feito, bem aplicado, e o número de vereadores é suficiente, bem preparados e fazendo um trabalho para a cidade em conjunto com a administração pública, fiscalizando e apoiando é mais que o suficiente”.
Enquanto Soliva e Celão reprovam, nas ruas a população também contestou a ideia. A reportagem do Jornal Atos foi às ruas saber a opinião dos moradores sobre o trabalho feito pelo Legislativo e de um eventual aumento no número de vereadores.