Acidente com morte de jovem e devastação ambiental aumentam medo com queimadas

Período de julho a outubro registra maior índice de ocorrências com ações clandestinas na região

Queimada em Lorena; ocorrências seguem mesmo com maior rigor (Foto: Arquivo Atos)
Queimada em Lorena; ocorrências e período de maior índice preocupam região  (Foto: Arquivo Atos)

Juliana Aguilera
Região

Casos de queimadas clandestinas têm chamado atenção na sub região 3 do Vale do Paraíba. Nas últimas semanas, duas ocorrências assustaram moradores de Guaratinguetá, Cunha e Pindamonhangaba. Um acidente provocado por uma queimada matou uma jovem de 19 anos, e um incêndio florestal levou cinco horas e trinta minutos para ser contido. Os casos chamam a atenção para o período de maior índice de queimadas, que se estende até outubro.

No último dia 29, um casal sofreu um acidente de carro na rodovia Paulo Virgínio, no km 12, por volta das 22h. O motivo foi a baixa visibilidade da pista, causada pela fumaça de uma queimada que acontecia na proximidade.  Segundo testemunhas, o fogo teria iniciado no início da noite. Maria Eduarda Fernandes, de 19 anos, não resistiu e faleceu a caminho do Pronto Socorro de Guaratinguetá. O homem foi internado para tratamento na cidade.

Já em Pindamonhangaba, moradores se assustaram com o fogo que se espalhou rapidamente na área rural do bairro Água Preta. Devido à dificuldade dos caminhões de acessar o local, o uso da água na ação foi impossibilitado. Bombeiros tiveram que utilizar abafadores para controlar as chamas, estendendo o trabalho por 5h30. Um rio que passa próximo ao local ajudou a impedir que o fogo tomasse maiores proporções.

Dados – Segundo dados do 3º Subgrupamento de Bombeiros, em 2017 foram 5.648 casos de queimadas clandestinas e 3.846 vítimas. Os números reais podem ser maiores, pois os dados coletados pela classe são somente de ocorrências registradas. A Polícia Ambiental trabalha com a operação Corta Fogo, com auxílio do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial) que, através de satélites, registra pontos de incêndios, agilizando a fiscalização.

Riscos – Os riscos de queimadas são diversos, desde patrimonial, até ameaças de danos à fauna e flora de florestas. Queimadas podem danificar ecossistemas por mais de um século, secar nascentes e interromper abastecimento de água.

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