Alvo de operação policial, gestor da Santa de Cachoeira nega acusações

Polícia Civil investiga denúncia de que Marton ameaçou funcionários com arma; empresário afirma ser vítima de represália por demissões no hospital

Reunião administrativa entre a equipe gestora da Santa Casa; Marton justifica acusações como perseguição de insatisfeitos (Foto: Reprodução)

Da Redação
Cachoeira Paulista

A Polícia Civil cumpriu na última quarta-feira (10) mandados de busca e apreensão na Santa Casa de Cachoeira Paulista e na casa de seu gestor do hospital, o empresário Renato Marton. A ação, que deu prosseguimento a um trabalho investigativo, foi motivada por uma denúncia de que o administrador havia utilizado uma arma de fogo para ameaçar funcionários do hospital.

Há cerca de um mês, a corporação apura acusações contra Marton. Em entrevista à Rádio Pop, o investigador da Polícia Civil de Cachoeira, Luiz César Franklin, revelou que o inquérito foi instaurado após a corporação receber denúncias anônimas que acusavam o gestor de pressionar, através de ameaças e perseguições, os funcionários do hospital para que eles se demitissem. Um dos denunciantes afirmou que ele chegou a utilizar uma arma de fogo para intimidar um profissional.

O investigador informou ainda que, além de ligações anônimas, a corporação foi procurada por ex-funcionários da Santa Casa para o registro de boletins de ocorrência contra o empresário.

Na tentativa de localizar a suposta arma utilizada por Marton, a Polícia Civil vistoriou na tarde da última quarta-feira a sala do gestor na Santa Casa, seus veículos e sua casa em Lorena, mas nada de ilícito foi encontrado durante o cumprimento do mandado.

Franklin ressaltou que o trabalho investigativo prosseguirá e que ele vai apurar ainda a denúncia feita por Marton, de que ele tem recebido uma série de ameaças, após a dispensa de contratados, durante o processo de adequação com o fim da intervenção, que durava desde 1997.

Procurado pela reportagem do Jornal Atos, o gestor da Santa Casa afirmou que não possui arma de fogo e que as denúncias são infundadas. Marton ressaltou que as acusações são uma represália ao trabalho de reorganização que vem promovendo à frente do hospital e que demandou cortes de funcionários para a redução dos gastos da unidade, que há décadas enfrenta graves problemas financeiros. “Apesar dessas denúncias descabidas e das ameaças de morte que venho recebendo, não iriei desistir do meu objetivo que é reestruturar a Santa Casa e fazer com que ela ofereça um atendimento de excelência à população. Quem me conhece sabe que eu jamais ameaçaria um funcionário com uma arma e o forçaria a se demitir. A redução do quadro e o trabalho sério que estou fazendo acabaram desagradando muitas pessoas e prejudicando os interesses políticos de outras”.

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