Pronto Socorro de Aparecida sofre por falta de ajuda financeira de Potim

Serviços tem sido prejudicados pela alta demanda da cidade vizinha

Rafael Rodrigues
Aparecida

Os problemas enfrentados ao longo de 2015 pelo Pronto Socorro da Santa Casa de Aparecida devem se repetir em 2016, caso a Prefeitura de Potim não contribua com algum recurso financeiro para auxiliar as despesas da entidade. Esse foi o diagnóstico dado em Aparecida, onde boa parte dos atendimentos realizados são de pessoas que vêm da cidade vizinha.
O gargalo tem feito ultrapassar em quase 100% o número de estipulados de assistências que o hospital comporta.
Além de Potim, Roseira é outro município que se beneficia do PS de Aparecida, mas em proporções bem menores. Segundo a entidade, atualmente, mesmo com déficit financeiro de quase R$150 mil, o Pronto Socorro comporta 4.600 atendimentos mensais, mas tem realizado perto de 10.100 assistências. Esse número, bem acima da capacidade, é atribuído principalmente aos atendimentos realizados para suprir a falta de estrutura nas cidades vizinhas.
Atrelado a isso, existe ainda uma dívida da administração aparecidense, que gira em torno de R$ 600 mil, mas que foi renegociada após o prefeito Ernaldo Cesar Marcondes (PDT) ter assumido o cargo. De acordo com os números, hoje a Prefeitura de Aparecida repassa mensalmente R$ 256 mil, e o governo do Estado faz um aporte de R$ 55 mil.
Já as duas cidades que se beneficiam do serviço, continuam sem repassar nem um centavo para Santa Casa manter o Pronto Socorro, o que vem gerando desconforto entre as cidades. Reunião realizada no final de 2015 entre as três administrações municipais, com a presença de representantes da Diretoria Regional de Saúde e da Promotoria Pública, visava resolver essa situação, mas até o momento não houve nenhuma sinalização de acordo.
Em entrevista a uma rádio local, a diretoria da Santa Casa isentou o prefeito de Aparecida do problema, porque ele vem cumprindo com o acordo firmado. Nesse acordo ficou estipulado que a dívida de R$ 600 mil seria diluída ao longo de 12 parcelas. Paralelamente, os repasses mensais deixaram de atrasar, como era de praxe na administração anterior.
Os números apresentados recentemente pela entidade mostram que dos mais de 10 mil atendimentos, 23% são de moradores de Potim e 5% de Roseira. Diante desses dados foi realizado um cálculo estipulando que os municípios deveriam repassar R$ 103 mil e R$ 23 mil respectivamente, para Santa Casa.
No caso de Roseira a situação é mais amena, mesmo porque a cidade possuí um pronto atendimento e o numero de assistidos é bem inferior do município vizinho. Já Potim tem sido cobrado insistentemente, mas até agora nada ficou resolvido.
A reportagem tentou entrar em contato com a Prefeitura de Potim, mas o prefeito Edno Félix não respondeu as solicitações.

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