Atos e Fatos

“O impeachment, se foi golpe, foi de sorte”

Michel Temer

Dilma no pela primeira vez no Palácio do Planalto após o processo de impeachment no Senado, em 2016 (Foto: Reprodução EBC)

Professor Márcio Meirelles

A RESSURREIÇÃO DE DILMA!

O presidente Lula em recente entrevista afirmou que a ex-presidente Dilma deve ser recompensada.

Politicamente não foi recompensada quando não se elegeu senadora por Minas Gerais.

Profissionalmente já foi recompensada com a sua indicação para dirigir o banco dos Brics.

Para uma executiva que não conseguiu manter uma empresa de 1,99 – faliu – um grande passo!

A ideia é desmistificar que o seu impeachment foi um golpe.

O fato motivador para a ressurreição de Dilma reside na sentença do TRF1, apenas levou em conta uma decisão do Supremo Tribunal Federal que determinou que, caso alguém tenha sido responsabilizado politicamente, não há razão para o mesmo fato de não ser condenada em outro tribunal.

Portanto, uma narrativa!

Não houve discussão do mérito, logo, o processo de impeachment prevalece.

Não foi absolvida!

Uma narrativa forte para inocentá-la, diante de uma sociedade que desconhece os meandros da justiça.

Do outro lado, a sociedade entende que o presidente Lula foi absolvido, longe de entender que os crimes apurados persistem, pois o processo é que foi anulado, apesar da campanha difamatória e destrutiva da Lava Jato.

Na verdade, o processo do pedido de afastamento de Dilma Rousseff começa com a alegação que ela maquiou as contas públicas e desrespeitou a lei orçamentária durante a campanha eleitoral.

Como sempre, na reta final do processo eleitoral o objetivo dos governantes dar uma falsa sensação de segurança à economia e garantir a vitória.

Aconteceu, em 2014, foi reeleita.

A nossa Constituição de 1988 reza que todos os membros do Poder Executivo podem sofrer impedimento em caso de crime de responsabilidade.

Segundo seus seguidores foi acusada de manobras fiscais banais – os governos sempre fizeram-, com base na interpretação dominante da Lei de Responsabilidade Fiscal que vigorava naquela época.

Uma condenação, sem crime, segundo seus apoiadores.

O rito processual do impeachment foi seguido, mas para seus seguidores não havia fundamento para a destituição da presidente.

O nome é golpe!

O PT e os partidos de esquerda equipararam o impeachment a um golpe de Estado, uma reação às políticas públicas que o partido abraçou e que tentava impor desde que alcançara o poder.

A sua promessa em abaixar os impostos, uma reivindicação dos empresários, para melhorar a competitividade, o corte na conta de energia elétrica, sem perceber os desperdícios decorrentes de inépcia, fisiologismo, corrupção e o crescimento da despesa com pessoal, INSS, educação, saúde, transferências constitucionais e juros.

Em 2005 iniciou a trajetória meteórica dos empréstimos subsidiados do BNDES para empresários, amigos e nações aliadas, de 2005 a 2010 passaram de R$47 bilhões para R$168 bilhões.

 O afrouxamento, em 2007, pelo Tesouro Nacional, do limite de endividamento dos Estados e Municípios que causou a crise da dívida de 2014.

A construção dos estádios inúteis para a Copa, em 2007, e dois anos depois, os estádios para as olímpiadas.

A partir de 2008, com o preço do barril de petróleo batendo recordes históricos, decidiu interromper as licitações de áreas de exploração, a título de fazer um novo marco regulatório.

Na prática, a Carta ao Povo Brasileiro durou de 2003 a 2005, daí em diante a agenda econômica ultrapassada do PT, onde os ganhos de produtividade são irrelevantes quando comparado ao investimento público.

Talvez a ideia mais atrasada e persistente que acaba em tragédia.

Para a sociedade gera uma euforia inicial (a que estamos vivendo), mas o final é sempre catastrófico!

Se há dúvidas de que foi um golpe o impeachment de Dilma a dúvida recorrente: os partidos que teriam fabricado o golpe apoiaram o PT em 2003!

O grande responsável pelo Impeachment da presidente tem um nome: Dilma Roussef!

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