Funcionários cobram apoio de vereadores por aumento salarial de 20% em Pinda

Classe aposta em ajuda parlamentar para expandir diálogos com Município; reajuste já foi anunciado em 11%

Sessão de Câmara em Pinda, que teve presença de professores; classe cobra apoio de representantes (Foto: Bruna Silva)

Bruna Silva
Pindamonhangaba

Um aumento salarial de 20%. Essa é a meta de um grupo de servidores de Pindamonhangaba, que protestou nesta semana para pressionar vereadores por um diálogo com a Prefeitura. O anúncio do reajuste foi feito ainda no último mês, estabelecido em 11%.

De acordo com os dirigentes do grupo, uma comissão foi montada no dia 9 de fevereiro para avançar com a proposta. Segundo eles, a Prefeitura possui saúde financeira para conceder o reajuste de 20%, pois o aumento anunciado “não está entrando o repasse de 2020”. Os trabalhadores apontam ainda o poder de compra afetado pela inflação, como um dos meios de justificativa.

O grupo articula junto a outros sindicatos da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba) por uma movimentação direcionada.

Para prosseguir com as tratativas com o Município, eles buscam apoio da Câmara. Uma mobilização chegou a ser marcada para a última quinta-feira (10), durante a sessão solene de celebração de Dia Internacional da Mulher. “É para cobrar uma devolutiva dos vereadores, porque nós os convidamos e marcamos (uma reunião). Protocolamos na Câmara e nenhum vereador apareceu”, criticou a professora Érika Cândido.

Ainda no último mês, o prefeito Isael Domingues (PL) anunciou a injeção de R$ 17 milhões na economia local com o adiantamento do 13º salário e aumento de 11% na folha de pagamento dos servidores. O montante deve movimentar o comércio local, especialmente para as compras do Dia das Mães, a partir do dia 29 de abril.

O Município concedeu reajuste de 11%, cerca de 0,84% acima do IPC (Índice de Preços ao Consumidor), analisado entre janeiro e dezembro de 2021.

A assessoria de imprensa da Prefeitura destacou que a elevação salarial de 11% segue estabelecida e que no último ano não houve reajuste devido à uma medida provisória do Governo Federal, que impedia o aumento de gastos públicos, devido a pandemia da Covid-19.

A lei sancionada ainda em maio de 2020, determinava que a União, os estados e o Distrito Federal e os municípios afetados pela calamidade publicada causada pelo novo coronavírus ficavam proibidos, até 31 de dezembro de 2021, de viabilizar vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a membros de poder ou órgão, servidores públicos e militares.

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