Após anúncio de aumento, postos de gasolina registram filas na RMVale

Postos são foco de busca acelerada na tentativa de antecipar novos reajustes; caminhoneiros decidem por paralisação

Fila no posto de combustível em Pinda; região sente impacto de aumento da gasolina e busca por menor preço (Foto: Bruna Silva)

Bruna Silva
RMVale

Com o anúncio do aumento de 18%, os postos de gasolina na RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) registraram longas filas na noite da última quinta-feira (10). Motoristas buscavam garantir combustível a preço mais baixo.

Cidades como Pindamonhangaba, Lorena, Guaratinguetá, Cruzeiro, Caraguatatuba e São Sebastião registraram longas filas. Em Pinda, ao menos três postos de gasolina tiveram alto fluxo de atendimento, gerando demora acima do normal para o abastecimento.

A elevação anunciada pela Petrobrás foi justificada pelo aumento da cotação do barril de petróleo no mercado internacional, causada pela Guerra na Ucrânia. O preço médio de comercialização da gasolina nas refinarias passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, registrando aumento de 18,8%. Em Guaratinguetá, bombas chegaram a registrar R$ 6,45 o litro. Em Lorena, a gasolina comum atingiu R$ 6,55 (comum) e R$ 6,79 a aditivada.

O diesel também registrou aumento de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, atingindo 24,9% de alta. Em Pinda, o valor teve uma das maiores elevações, com o litro do óleo diesel saindo de R$ 5,60 para R$ 6,98.

Como meio de economizar e garantir o combustível a preço mais baixo, diversos motoristas foram até os postos de gasolina ainda na noite de quinta-feira (10).

Para o eletricista e morador do Cidade de Jardim, em Pindamonhangaba, Carlos Henrique de Souza, de 29 anos, a opção será usar a bicicleta como principal meio de locomoção, deixando o carro somente para “quando não houver outra alternativa”.

Caminhoneiros – Contra o aumento, a classe afirmou, nesta sexta-feira (11), uma nova greve. De acordo com as empresas e entidades, o reajuste inviabilizou o frete e as frotas ficarão paralisadas. Segundo a CNTA (Confederação de Transportes Autônomos) é uma paralisação técnica e sem bloqueios nas estradas, o órgão afirmou ainda que “o aumento fez com que o sistema entrasse em colapso”.

A categoria já aponta que os produtos devem encarecer com os aumentos repassados ao frete dos motoristas.

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