Presos da P2 de Potim pintam escola na cidade

Programa do Governo do Estado oferece curso profissionalizante e aproveita mão de obra de detentos para melhorias em prédios públicos

A penitenciária de Potim, que recebe projeto para ajudar presidiários a serem reinseridos na sociedade (Foto: Arquivo Atos)
A penitenciária de Potim, que recebe projeto para ajudar presidiários a serem reinseridos na sociedade (Foto: Arquivo Atos)

Rafael Rodrigues
Potim

Quem passou pela praça Miguel Corrêa dos Ouros, no Centro de Potim na última quarta-feira se surpreendeu ao ver que aproximadamente 15 detentos realizavam um trabalho de pintura na Escola Estadual José Félix.

Acompanhados de agentes penitenciários, o grupo fazia a recuperação de toda a fachada da unidade. A ação faz parte de um projeto do Governo do Estado de São Paulo e tem sido implantado na P2 de Potim.

De acordo com o diretor do CET (Centro de Educação e Trabalho) da P2, Fabio da Silva Souza, a intenção é colaborar na reeducação e recondução dos condenados que cumprem pena na unidade. “O Governo do Estado implantou o programa Via Rápido em parceria com a nossa unidade prisional. Aqui, 25 sentenciados do regime semiaberto são contemplados para fazer esse curso profissionalizante”.

As aulas teóricas são realizadas na unidade. O curso de pintura contou com a parceria da escola e da secretaria de Estado da Educação.

Souza ressaltou que a intenção é dar condições de não só reinserir o preso na sociedade, mas garantir que ele possa sair com uma profissão. “Essa é uma iniciativa positiva do governo, que visa reinserir o sentenciado na sociedade da melhor maneira possível, fazendo essa parceria com a comunidade e melhorando as condições da escola”.

O trabalho dos presidiários acabou criando uma expectativa entre os moradores, que acreditam que a iniciativa, além de levar benefício para os sentenciados, pode colaborar para melhoria da estrutura da cidade. “Esse projeto visa não só transformar o sentenciado, mas também estreitar as relações entre município e Estado, o que é muito importante para melhorar a qualidade de vida da população”.

O diretor seleciona os presos do semiaberto para participarem do programa, de acordo com o interesse e o tempo de casa. “Todos os sentenciados estão aptos. Hoje, temos 25 e escolhemos de maneira rotativa, ou os mais antigos, ou quem está estudando, mas que demonstrem interesse. Alguns não demonstraram, mas temos que mostrar essa realidade, dando oportunidade a eles, mostrando um horizonte melhor”.

Para o Souza, a iniciativa tem gerado muitos resultados positivos. “Normalmente, o sentenciado não tem uma formação profissional e o curso tem essa finalidade, fazer com que ele saia daqui melhor. Ele já sai da unidade com uma profissão, como pintor, eletricista ou outra profissão que possamos no futuro implementar”, explicou.

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