Documentos apreendidos pelo Gaeco seguem para o MP e TCE na busca por provas sobre desvio de verba pública em Potim

Pelo menos R$ 50 mil foram retirados do Legislativo de acordo com apuração; Prefeitura e Câmara foram vistoriadas

Gaeco foi responsável pela operação eu buscou provas sobre esquema de desvios de verbas públicas na Prefeitura e Câmara de Potim (Foto: Divulgação)
Gaeco responsável pela operação eu buscou provas sobre esquema de desvios de verbas públicas em Potim (Foto: Divulgação)

Leandro Oliveira
Potim

O Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo seguem com as investigações após a operação que prendeu documentos e CPU’s na Prefeitura e a Câmara de Potim, na última segunda-feira. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) chegou ao município no começo da manhã e realizou a operação Endosso Final, que investiga desvio de verba pública para pagamento de contas particulares de servidores do Legislativo.

Foram ao todo nove mandados de busca e apreensão, sendo oito deles em Potim e um em Guaratinguetá. A investigação do Ministério Público apurou que os investigados alteravam beneficiários de pagamentos via boletos e realizavam pagamentos de contas particulares com dinheiro público.

A apuração levantou que os recursos desviados faziam parte de fundos do Legislativo. O montante seria usado para pagamento de guias de benefícios aos servidores, como INSS e FGTS. A busca de possíveis irregularidades foi aberta no fim de 2018, com inquérito da Polícia Civil e investigação interna na própria Câmara, de onde foram levadas duas CPU’s e documentos.

O valor total desviado não foi confirmado. Porém, o Legislativo trabalha com a possibilidade de pelo menos R$ 50 mil. No Executivo a operação foi semelhante. O Gaeco foi acompanhado pela Polícia Militar, Promotoria de Justiça e Tribunal de Contas, para obter as documentações referentes ao Legislativo. Foram levados documentos, guias do INSS, documentos referentes ao duodécimo repassado da Prefeitura à Câmara e outros materiais internos.

A investigação continua sob comando do MP e do TCE de São Paulo. Executivo e Legislativo se colocaram à disposição para auxiliar nas investigações.

Por meio de nota, a Prefeitura deu detalhes da operação. “Na manhã de hoje, a Prefeitura Municipal de Potim recebeu a diligência de órgãos do poder público entre eles: Gaeco, Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público. A ação se deu por conta das investigações quanto a indícios de desvio de recursos públicos por parte do ex-diretor da Câmara Municipal de Potim no ano de 2018 (trecho da nota”.

Ainda segundo a nota, a denúncia foi feita à Polícia Civil no ano passado “após a própria administração municipal descobrir as irregularidades ocasionado pelo funcionário da Câmara em junho e outubro de 2018. A administração da prefeita Érica Soler (PR) reforça que a investigação em andamento se dá com o apoio do Poder Executivo que colabora com a explicação dos fatos”.

A operação teve como única finalidade a apreensão de documentos. Não houveram mandados de prisão expedidos.

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