Procon destaca queda de 1.500 reclamações em Guará

Órgão promove ações de conscientização no consumo desde 2013; população reclama do atendimento

Loja no Centro de Guaratinguetá; atendimento no Procon identificou baixa de reclamações na cidade (Foto: Arquivo Atos)
Loja no Centro de Guaratinguetá; atendimento no Procon identificou baixa de reclamações na cidade (Foto: Arquivo Atos)
Juliana Aguilera
Guaratinguetá
O Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) de Guaratinguetá apresentou dados positivos em relação aos últimos anos. Foram 4.436 atendimentos, 1,5 mil a menos que em 2013, e 338 audiências conciliatórias.
Segundo a coordenadora do órgão, Priscila Oliveira, a queda é resultado de ações educativas feitas com a população. Mas nas redes sociais, usuários ironizam o número, dizendo que o serviço é confuso ou insuficiente.Entre os serviços prestados pelo Procon está o acompanhamento na compra e venda de imóveis, prestação e contratação de serviços, explanação de direitos do consumidor e proteção contra abusos de empresas. Segundo Priscila, os principais problemas dos consumidores são em relação à garantia e assistência técnica, em caso de produtos, e cartão de crédito, sobre serviços financeiros. Em 2017, houve também grande demanda por serviços de Nota Fiscal Paulista.

Uma dificuldade reconhecida pela coordenadora está na hora de trocar um produto. “As pessoas acreditam que você tem direito de chegar na loja e te dar um produto novo, mas a loja não tem nada a ver com isso”, afirmou a coordenadora, que lembrou ainda que é necessário contatar o fabricante. O prazo para que haja uma devolutiva do problema é de trinta dias. Em caso de solução, eles devolvem o produto, senão, há a opção do consumidor pedir uma troca ou cancelar a compra e ter seu dinheiro devolvido.

Cartilhas – Para ensinar bons modos de consumo, o Procon recebe diversos tipos de cartilhas com temas específicos, e distribui gratuitamente em eventos e na sede. “Nós temos algumas que são direitos básicos, temos uma que é específica para serviço financeiro, outra pra imóvel. Com relação à terceira idade, temos sobre as passagens de ônibus gratuitas”, explicou Priscila.

O Procon de Guaratinguetá também investe em palestras em escolas de menor aprendiz e atendimento na praça Conselheiro Rodrigues Alves. “As pessoas que nos procuraram não só tiveram o problema resolvido, mas também tiveram uma orientação para daqui para frente. De cada 10, 5 aprendem a lição, não caem mais em armadilhas”, realçou.

Burocracia – A estudante Ana Carolina Passos reclamou da dificuldade em resolver seus problemas no Procon. Ela já procurou o órgão algumas vezes e contou que da última vez, conseguiu apenas informações vagas. “Eles me auxiliaram, mas achei o processo muito demorado e não deixam você conversar diretamente com um advogado”, reclamou a jovem, que estava há meses enfrentando uma questão com uma empresa em que comprou uma mesa e cadeiras. A empresa teria demorado além do tempo esperado para a entrega dos móveis.

Auxiliada pela secretária do órgão, ela descobriu qual lei poderia usar a seu favor. “Eu queria conversar com um advogado, saber as leis ao certo. Ela só sabia o básico. Eu perguntava ‘mas eu tenho direito a isso por quê?’ e ela não tinha o conhecimento abrangente”, explicou.

Ana Carolina acabou desistindo do Procon pela burocracia. “Ela falou que caso nenhuma negociação desse certo, eu tinha que voltar lá e o Procon enviaria uma notificação para a empresa e teriam trinta dias para responder. Era muito demorado e enrolado”, criticou.

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