Lorena e Guará lideram homicídios na região

Registros de assassinatos reduzem em 23% no Vale do Paraíba; Pinda é destaque positivo

Viaturas das policias Civil e Militar, durante operação na região; Estado aponta para aumento de homicídios em Guaratinguetá e Lorena (Foto: Arquivo Atos)
Viaturas das policias Civil e Militar, durante operação na região; Estado aponta para aumento de homicídios em Guaratinguetá e Lorena (Foto: Arquivo Atos)

Lucas Barbosa
Regional

Um levantamento divulgado pela secretaria de Segurança do Estado, na tarde da última segunda-feira, apontou que o Vale do Paraíba teve uma queda de 23% do número de homicídios dolosos (quando há a intenção de matar) nos primeiros oito meses do ano, comparado ao mesmo período de 2016. Na contramão da região, Lorena registrou um aumento de casos, mantendo-se na liderança do número de assassinatos.

De acordo os dados, a região contabilizou, de janeiro a agosto, 201 homicídios dolosos, 59 casos a menos do que no ano passado. Outra modalidade que apresentou uma redução de casos foi o roubo, que passou de 1.190 para 849, chegando a uma queda de 28%.

O Vale do Paraíba divide com a região de Piracicaba o topo do ranking da região mais violeta do interior de São Paulo.
Mais uma vez o levantamento revelou que Lorena segue com o maior número de homicídios da região, chegando a 17 ocorrências, três a mais do que nos primeiros oito meses de 2016. Agosto foi o mês mais violento no município, registrando cinco mortes.

Um fato que preocupa a população e as autoridades é que os assassinatos de 2017 já representam quase 57% do número total de registros do ano passado, que foi de 30, sendo 16 somente no último quadrimestre.

O Jornal Atos tentou solicitar um posicionamento da Polícia Militar de Lorena sobre os dados, mas a capitã Adriana Sérvio não foi localizada até o fechamento desta edição.

Os dados também demonstraram que Guaratinguetá segue na “cola” de Lorena no ranking da violência, com apenas um homicídio a menos.  Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando 11 moradores tiveram a vida ceifada pela violência, a Terra de Frei Galvão registrou um crescimento de 45% de casos.

Outra cidade que teve um aumento preocupante foi Cruzeiro, que enquanto no ano passado tinha três homicídios até agosto, em 2017 já contabiliza oito incidentes, representando um aumento de 166%.

Canas e Cachoeira Paulista, que no ano passado não tiveram homicídios entre janeiro e agosto, acabaram contabilizando um registro em 2017. Já Piquete, que havia tido somente uma vítima, neste ano conta com duas ocorrências.

Potim e Silveiras foram os únicos municípios que mantiveram o mesmo saldo. Enquanto a primeira teve cinco assassinatos, a outra não registrou nenhum caso.

Alívio – Na contramão das cidades vizinhas, Pindamonhangaba e Aparecida tiveram uma queda acentuada de homicídios em 2017.

Enquanto Pinda teve 23 habitantes mortos nos dois primeiros quadrimestres de 2016, este ano o número caiu para 11, representando uma redução de 52%.

Já em Aparecida os casos reduziram de cinco para dois, totalizando uma queda de 60%.

Roubos – Enquanto Lorena lidera os números de homicídios, o município registrou uma queda de 25% nos registros de roubos, passando de 471 para 352 ocorrências.

Já Pinda e Guará tiveram aumento no indicador. A primeira saltou de 492 para 537 casos, chegando a 9%, e a segunda passou de 257 para 345, contabilizado 34%.

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