Denúncia na GCM de Aparecida leva a afastamento de comando

Ação movida pelo Ministério Público da cidade investiga denúncia de irregularidades na entidade

Guarda municipal de Aparecida foco de ação que afastou comando (Foto: Marcelo dos Santos)
Guarda municipal de Aparecida foco de ação que afastou comando (Foto: Marcelo dos Santos)

Marcelo Augusto dos Santos
Aparecida

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo determinou o afastamento do comandante e do subcomandante da GCM (Guarda Civil Municipal de Aparecida. Os membros da Guarda, segundo a denúncia feita pelo Ministério Público, teriam praticado improbidade administrativa e coagido testemunhas do caso.

A ação aponta que o comandante da Guarda, Giovani Galle, teria permitido que sua esposa, Jamily Helena Galle, que também atua na Guarda Civil Municipal, usasse mais de uma vez um veículo oficial para fins particulares.

Após os fatos serem denunciados por outros membros da corporação, foi instaurada sindicância administrativa. No entanto, de acordo com o MP, foi nomeado o subcomandante da Guarda para presidir a apuração com o objetivo de favorecer a esposa do comandante.

Há indícios de que o comandante vinha autorizando o pagamento de horas extras não prestadas a guardas, inclusive de sua esposa e do subcomandante Francisco Vetóri.

Na decisão que deferiu a liminar, a juíza Vivian Bastos de Aparecida considerou que “…o conjunto probatório trazido aos autos pelo Ministério Público demonstra que as autoridades em questão vêm coagindo, ainda que de forma dissimulada, as testemunhas, e com isso dificultando e/ou impedindo a colheita de provas no inquérito civil público. Não bastasse, mostra-se, no mínimo, temerosa a atitude do demandado (…) em encaminhar para instrução do inquérito excesso de documentação que em nada acrescenta à elucidação dos fatos, e só tende a confundir e provocar morosidade na análise dos dados (trecho da decisão)…”.

Outro lado – Em nota, a Prefeitura de Aparecida informou que “a administração já determinou o afastamento, de acordo com a decisão da Justiça”.

O Jornal Atos entrou em contato com a esposa do comandante, que informou que não queria comentar sobre o caso.

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