Em estado de alerta sobre dengue, Caraguá faz última avaliação do ano
Projeção de densidade larvária de junho e setembro acenderam alerta de epidemia na cidade; Prefeitura realiza novo levantamento
Bruna Silva
Caraguatatuba
Com foco em eliminar a possibilidade de uma epidemia de dengue em 2022, os agentes de controle da dengue de Caraguatatuba iniciaram, nesta semana, as ações para a última ADL (Análise de Densidade Larvária) deste ano. A avaliação realizada anteriormente, em setembro, apontou 1,7% dado que acende o alerta para infestação.
De acordo com dados do Município, a última ADL realizada há cerca de dois meses apontou que infestação do mosquito Aedes aegypti de 1,7%, enquanto em junho foi de 1,8%. A referência do Ministério da Saúde indica estado de alerta. Quando o índice é menor que 1,0% é considerado satisfatório. De 1,15 a 3,9% é preciso cautela nas ações de prevenção e acima de 4% é considerado como alto risco.
O biólogo e coordenador do Controle da Dengue, Ricardo Fernandes, enfatizou que a análise é importante pois é uma forma de direcionar as ações de combate ao mosquito nos próximos meses, tendo em vista o início do verão e a grande circulação de turistas na cidade. “O trabalho será ainda mais intensificado nas áreas com maior infestação, além de informar a população quais são os principais criadouros em cada bairro do município”, explicou.
Entre as áreas que devem receber ações mais severas, está a “área um”, que corresponde a região próxima ao bairro Tabatinga, no norte de Caraguá. A área obteve a maior taxa de infestação, ficando cima de 2,3%.
Cerca de seiscentos quarteirões e mais de 3,3 mil imóveis devem ser vistoriados até o dia 15 de dezembro, além dos pontos estratégicos com grande acúmulo de materiais como empresas de reciclagem, floriculturas, oficinas mecânicas, ferros-velhos e borracharias que receberão visitas a cada 15 dias.