Projeto de R$ 65 milhões para acesso direto entre Potim e Dutra é finalizado, e cidade busca recursos

Com orçamento de R$ 41 milhões, Prefeitura espera por apoio para custear a obra; trabalhos têm prazo de 24 meses

Jéssica Dias
Potim

A Prefeitura de Potim recebeu no último dia 21 a notícia da conclusão dos estudos para implantação da ligação entre o município a rodovia Presidente Dutra (BR-116). O projeto final teve custo estimado em R$ 3 milhões, e inclui as licenças ambientais e estruturais, além de um investimento de R$ 65 milhões para realização no prazo de 24 meses.

A notícia chegou por meio de um encontro com o superintendente do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre), de São Paulo, Roberto Ravagnani.

De acordo com a Prefeitura, o desafio agora é conseguir o investimento para custear a obra.

A expectativa do município, que conta com orçamento de R$ 41 milhões para este ano, é de que focos de interesse na obra, como o Ministério dos Transportes, CCR Nova Dutra (concessionária que administra a rodovia federal) e o setor privado possam garantir o aporte para a criação do acesso.
Ainda sem o valor necessário, o Executivo não tem um prazo para dar início ao projeto. “Estamos trabalhando com algumas possibilidades. Pedir uma verba de bancada, emendas parlamentares. Agora temos que esperar passar o período eleitoral para estar trabalhando (sic) com o governador eleito, pedindo emendas para que possamos realizar esse acesso”.

Participaram do encontro o deputado federal Marcio Alvino (PR), deputado estadual André do Prado (PR), vice-prefeito José Márcio de Morais Pedroso, Marcinho do Mercado (PSD) e o presidente da Câmara Roberto Rivelino Felix de Abreu (PR).

História – O projeto é debatido na cidade desde o período em que Potim era governada por Benito Thomaz, prefeito morto em 2014, vítima de um atentado na praça central da cidade. Em 2013, Prefeitura e Dnit assinaram a ordem de serviço para elaboração do projeto, que ainda não saiu do papel.

A construção do acesso direto para a rodovia Presidente Dutra voltou à pauta em 2015, no governo de prefeito Edno Felix, que debateu com o Dnit mas não conseguiu encaminhar o trabalho.

Emancipada de Guaratinguetá há duas décadas, a cidade, que fica entre a Terra de Frei Galvão e Aparecida, não possui um acesso direto à rodovia, ligação entre Rio de Janeiro e São Paulo e diferencial na busca de investimento empresarial.

A proposta de acesso, que ficará próximo ao Seminário São Geraldo, na região central, conta com a construção de 4,5 quilômetros de rodovia, construção de uma ponte sobre o Rio Paraíba e um viaduto sobre a linha férrea.