Morador chama atenção dos vereadores para o Araretama
Adílson dos Santos usou a Tribuna Livre durante a Sessão e cobrou atitude dos parlamentares
Ana Camila Campos
Pindamonhangaba
Cada vez mais a população tem marcado presença nas Sessões Ordinárias da Câmara de Vereadores de Pindamonhangaba, que acontecem às segundas-feiras. Nesta semana, para reforçar a participação popular em busca de melhorias e mais representatividade do Legislativo, o munícipe Adílson dos Santos fez uso da Tribuna Livre – período disponível antes do início oficial da Sessão.
Em cinco minutos, ele definiu o significado de “vereador” e falou sobre as atribuições de um parlamentar – tudo isso a fim de embasar suas reivindicações, principalmente, para o bairro Araretama, local onde reside.
O principal motivo, segundo ele, é a situação do chamado “valetão do Araretama”, que exala um cheiro muito ruim, principalmente quando o clima está quente, e que além do desconforto, acaba ocasionando problemas respiratórios em crianças e idosos.
“É preciso definir a classificação dessa água. Se for córrego, o local é uma APP (Área de Preservação Permanente) e precisa receber o cuidado que isso exige; se for apenas água pluvial, por que tem cheiro de esgoto, então? É preciso fiscalizar”, cobrou.
Ele ainda acrescentou, dizendo que o país vive uma crise hídrica e que não adianta falar e não fazer, no que se trata de preservação de meio ambiente. “Espero que os senhores nos ajudem a manter e preservar essa área ambiental”, solicitou.
Outras reivindicações – Além dessa questão, Santos elencou outros problemas que são encontrados no bairro, como a falta de iluminação, falta de faixa de pedestres – principalmente próximo às escolas e calçadas esburacadas. “Principalmente perto das escolas, onde deveria existir faixa de pedestre, não há. Quando o filho do ilustre filho de Pinda faleceu (referência à Thomaz Alckmin), a região do cemitério foi toda pintada e revitalizada para receber o cortejo, agora, no bairro não contamos com o recurso. Além disso, as calçadas são esburacadas e, principalmente, pessoas idosas acabam caindo”, apontou.
O munícipe ainda falou sobre a necessidade de PEVs (Postos de Entrega Voluntária) no bairro e destacou a falta de policiamento. “Não custa nada fazer mais pelo povo do Araretama. A população está muito carente”, disse.
Mobilização popular – Ainda na Sessão da última segunda-feira (24), foi possível notar uma movimentação diferente de munícipes organizados, que compareceram ao plenário com algumas faixas e cartazes, ensaiando uma movimentação.
Questionados pela reportagem sobre algum tipo de manifestação, os presentes, representantes dos ACS (Agentes Comunitários de Saúde) do município, esclareceram que, em um primeiro momento, estão exercendo a cidadania, participando das Sessões para se fazerem presentes e serem notados. Entretanto, expressaram expectativa para que haja um momento de conversa pois, já que elegeram os parlamentares, acreditam que precisa haver um momento de cobrança – que está sendo planejado.
Os cartazes continham dizeres como ‘1 ACS = 750 votos’, que significa que cada agente é “responsável” (pode influenciar) a referida quantidade de votos.